Sábado, 12 de julho de 2025

Dólar chega a R$ 5,54, em semana marcada por tarifaço de Trump; Ibovespa cai

O dólar fechou em leve alta de 0,10% nesta sexta-feira (11), cotado a R$ 5,5479. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda de 0,41%, aos 136.187 pontos. O anúncio das novas tarifas de 50% contra produtos do Brasil por parte dos Estados Unidos continuou a mexer com os mercados, enquanto analistas e investidores tentavam avaliar os possíveis impactos nos diferentes setores da economia brasileira.

Nesta sexta, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que falaria com o presidente Luiza Inácio Lula da Silva (PT) “em algum momento, mas não agora”, indicando que o país tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro de forma injusta. Lula, por sua vez, afirmou que quer negociar e pediu que Trump respeite as leis brasileiras.

Investidores aguardam sinais sobre os próximos passos do governo em relação ao tarifaço de Trump, após Lula prometer acionar a Lei de Reciprocidade Econômica contra os EUA. Além disso, também tentam medir o impacto das novas taxas para grandes empresas brasileiras.

Caso o país não consiga caminhar com uma negociação, a nova taxa deve afetar diretamente setores estratégicos da economia nacional. A previsão é que a tarifa entre em vigor em 1º de agosto. (Leia mais abaixo)

Ações de empresas exportadoras, como a Embraer, seguem pressionando a bolsa de valores brasileira. Nesta sexta-feira, os papéis da companhia caíram mais de 1%, após recuarem mais de 3% na véspera. O efeito do tarifaço no resto do mundo também segue no centro das atenções. Na noite de quinta-feira, Trump anunciou uma tarifa de 35% sobre a importação de produtos do Canadá e avisou que vai notificar a União Europeia sobre qual será sua taxação ainda nesta sexta.

Desde o início da semana, o presidente norte-americano tem enviado cartas a diversos líderes globais estabelecendo taxas mínimas para a negociação comercial. Até agora, 23 nações já foram comunicadas, e o Brasil ficou com a taxa mais alta.

Em resposta, Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que a elevação unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondida com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

A lei, aprovada pelo Congresso quando Trump começou a impor tarifas extras a países de todo o mundo, prevê que o Brasil deve taxar quem também o taxa.

A carta de Trump, porém, também trouxe um alerta claro: se o Brasil reagir elevando suas próprias tarifas, os EUA aumentarão ainda mais as taxas sobre produtos brasileiros.

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