Terça-feira, 16 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 16 de setembro de 2025
O dólar fechou em queda de 0,43% nesta terça-feira (16), cotado a R$ 5,2980 — menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando encerrou em R$ 5,2498. Com o resultado, a moeda americana chegou à quinta sessão consecutiva de baixa.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,36%, alcançando um novo recorde de 144.062 pontos, acima dos 143.547 registrados nessa segunda (15).
O otimismo dos mercados reflete a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e manutenção da Selic no Brasil nesta Superquarta (17). O contraste torna o País mais competitivo para investidores, gerando entrada de recursos que fortalecem a bolsa e pressionam o dólar para baixo.
Tanto no Brasil quanto nos EUA, esta terça-feira marcou o início das reuniões dos bancos centrais para decidir os rumos da economia. Por aqui, o mercado espera que a taxa básica de juros continue em 15% ao ano. Já nos EUA, a previsão é de um pequeno corte de 0,25 ponto percentual, o que deve levar a taxa para um intervalo entre 4% e 4,25%. As decisões serão anunciadas nesta quarta.
Na agenda local, o IBGE divulgou hoje os dados da Pnad Contínua, indicando que a taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho.
Foi a menor taxa da série histórica deste indicador, que teve início em 2012, e representa uma queda em relação ao trimestre anterior terminado em abril, quando o desemprego atingiu 6,6%. Ao todo, 6,118 milhões de pessoas estavam sem emprego no país. Segundo o IBGE, essa foi a menor taxa desde o fim de 2013, quando 6,100 milhões estavam desempregados.
Os dados também representam um recuou de 14,2% (ou menos 1,0 milhão de pessoas) no trimestre e caiu 16,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano.
Nos EUA, o dia foi marcado pela divulgação de novos dados econômicos, que vieram acima do esperado: as vendas no varejo cresceram 0,6%, superando a expectativa de 0,2%, e a produção industrial teve alta de 0,2%, contrariando a previsão de retração.
Enquanto isso, o cenário político também tem influenciado os bastidores da decisão sobre os juros nos EUA. A indicação de Stephen Miran, conselheiro econômico ligado a Donald Trump, foi aprovada pelo Senado a tempo de participar da reunião que começou hoje.
Já a tentativa do governo de afastar Lisa Cook foi barrada pela Justiça, e ela também continua no comitê. Mesmo assim, a Casa Branca prometeu recorrer.