Quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Dólar sobe e fecha a R$ 5,36; Ibovespa cai

O dólar fechou em alta de 0,69% nesta quinta-feira (25), cotado a R$ 5,3634. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,81%, aos 145.306 pontos.

O dia foi marcado pela divulgação de dados econômicos relevantes no Brasil e nos Estados Unidos. Lá fora, investidores acompanharam a revisão do crescimento da economia americana. Por aqui, foram publicadas as projeções do Banco Central e a prévia da inflação de setembro.

Para 2026, ano de eleições presidenciais, o Banco Central estimou um crescimento ainda mais modesto para o PIB brasileiro: 1,5%. É a primeira vez que a instituição apresenta uma projeção para a atividade econômica do próximo ano.

Segundo dados oficiais, caso se confirme, a projeção de crescimento do Banco Central para o próximo ano será a menor desde 2020, quando houve uma retração de 3,3% devido à pandemia de Covid-19.

A expectativa de menor crescimento do PIB, tanto neste ano quanto no próximo, ocorre em um contexto de manutenção dos juros em níveis elevados, como forma de conter pressões inflacionárias.

Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses e em 2025, a inflação chegou a 3,76%.
Segundo o IBGE, o principal responsável pela alta foi o grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial. Após queda de 4,93% em agosto, o item avançou 12,17% devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia sido aplicado nas faturas do mês anterior.

Nos EUA, a agenda de indicadores foi movimentada. O destaque foi a revisão do PIB, que mostrou crescimento de 3,8% no segundo trimestre. O número veio acima da primeira estimativa, de 3,3%, e também das previsões dos economistas, que não esperavam mudanças.

O resultado acima do esperado leva os investidores a acreditarem que o BC americano pode adiar novos cortes nos juros previstos para este ano. Isso tende a fortalecer o dólar, já que os investimentos no país ficam mais atrativos, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão negativa sobre a bolsa brasileira.

Ainda por lá, três representantes do banco central se manifestaram ao longo do dia: Jeffrey Schmid defendeu um corte pequeno para ajudar o mercado de trabalho; Stephen Miran pediu uma redução maior, de até 2 pontos; já Austan Goolsbee foi mais cauteloso e disse que cortar rápido demais pode ser arriscado enquanto a inflação estiver alta.

O resultado ficou acima da estimativa inicial de 3,3% e também superou as previsões de especialistas, que não esperavam alterações. Esse desempenho foi impulsionado, em parte, pelos investimentos das empresas em tecnologia, com destaque para a área de inteligência artificial.

Os números mais fortes que o esperado impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante outras divisas, com investidores dosando a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses.
No primeiro trimestre, a economia teve queda de 0,6%, um recuo ligeiramente maior que os 0,5% informados anteriormente.

Essa queda foi atribuída à antecipação de importações no início do ano, em resposta às tarifas impostas pelo governo Donald Trump — um movimento que se estabilizou no trimestre seguinte.

Além disso, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 14 mil, para 218 mil na semana encerrada em 20 de setembro, em dado com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo das projeções de economistas, que previam 235 mil pedidos.

No setor imobiliário, as vendas de casas usadas caíram 0,2% em agosto, chegando a uma taxa anual de 4 milhões de unidades — ligeiramente abaixo do resultado de julho, que foi de 4,01 milhões. Apesar da queda, o total superou a previsão dos analistas, que estimavam 3,96 milhões.

 

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