Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 31 de maio de 2023
O dólar fechou em alta nessa quarta-feira (31), em dia de maior aversão a risco em nível global, após dados econômicos indicarem desaceleração da economia chinesa. Além disso, os investidores continuaram monitorando as negociações sobre o aumento do teto da dívida nos Estados Unidos.
O mercado também voltou as atenções nesta quarta para a divulgação do Livro Bege, documento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que traz um retrato da economia do país.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pela manhã a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que revelou que o País teve uma taxa de desemprego de 8,5% entre fevereiro e abril deste ano.
A moeda norte-americana subiu 0,61% nesta quarta, cotada a R$ 5,0731. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuou nessa quarta, mas fechou mês de maio em alta de 3,74%.
Com o resultado, a moeda norte-americana encerrou o mês com alta de 1,72%, e passou a acumular alta de 1,70% na semana e queda de 3,88% no ano.
Mercados
A alta do dólar neste pregão pode ser explicada principalmente pelo exterior. Na China, os índices de gerente de compras (PMI), que trazem uma perspectiva sobre quão aquecida está uma economia, caíram no último mês, revelando uma desaceleração do país.
O PMI Industrial recuou de 49,2 em abril para 48,8 em maio, enquanto o mercado esperava uma alta para 49,7. Já o PMI de Serviços caiu de 56,4 em abril para 54,5 em maio.
Com a visão de que a segunda maior economia do mundo está sofrendo, os investidores vivem um dia de maior aversão aos riscos, o que prioriza os ativos mais seguros, como o dólar, em detrimento de outros, como as moedas de países emergentes e o mercado de ações.
Nos Estados Unidos, continuam as expectativas em torno do teto da dívida federal, que aguarda conclusão das votações no Congresso.
Enquanto isso, os dados fortes do mercado de trabalho do país, citados no Livro Bege, abalaram investidores, que temem que o Fed aumente a taxa de juros novamente em junho.
No cenário doméstico, o principal destaque são os dados de desemprego. Segundo o IBGE, com a taxa de 8,5% registrada entre fevereiro e abril, esse trimestre reportou o menor percentual de desocupação desde 2015.
O Ministério da Economia também divulgou o Caged, que informou que o Brasil criou 180 mil empregos formais em abril, com queda de 12,4% frente ao mesmo mês do ano passado.