Sábado, 27 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de outubro de 2021
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediu que um juiz federal da Flórida mande o Twitter restaurar sua conta, que foi removida pela empresa em janeiro, citando incitação à violência. Trump argumentou que a empresa de rede social foi coagida por membros do Congresso dos EUA a suspender sua conta.
O Twitter e muitas outras plataformas de redes sociais baniram Trump após uma multidão de seus apoiadores atacarem o Capitólio, numa invasão que causou mortes, em 6 de janeiro. O ataque aconteceu após um discurso de Trump no qual ele reiterou alegações falsas de que sua derrota eleitoral em novembro de 2020 havia sido causada por fraude generalizada, afirmação rejeitada por tribunais e autoridades eleitorais.
O Twitter “exerce um nível de poder e controle sobre o discurso político neste país que é imensurável, sem precedentes historicamente e profundamente perigoso ao debate democrático aberto”, afirmaram os advogados de Trump nos documentos enviados ao tribunal. O Twitter se recusou a comentar.
Quando a conta de Trump foi removida de maneira permanente, o Twitter afirmou que seus tuítes haviam violado a política da plataforma que proíbe a glorificação de violência. A empresa disse na época que os tuítes de Trump que levaram à remoção muito provavelmente encorajariam pessoas a replicar o que aconteceu nos ataques ao Capitólio.
Antes de ser bloqueado, Trump tinha mais de 88 milhões de seguidores no Twitter.
No pedido ao tribunal, Trump argumentou que o Twitter permitiu que o Taliban tuitasse regularmente sobre suas vitórias militares ao redor do Afeganistão, mas o censurou durante sua presidência ao rotular seus tuítes como “informações enganosas” ou indicando que eles violavam as regras da empresa contra a “glorificação de violência”.
Em julho, Trump processou Twitter, Facebook e o Google, alegando que eles silenciariam ilegalmente os seus pontos de vista conservadores.
A vida de Trump
Donald John Trump é um empresário bilionário. Ele foi o 45º presidente dos Estados Unidos. Na eleição de 2016, Trump foi eleito pelo Partido Republicano ao derrotar a candidata democrata Hillary Clinton no número de delegados do colégio eleitoral; no entanto, perdeu por mais de 2,8 milhões de votos, a maior derrota nas urnas de um presidente eleito na história do país.
Ele foi empossado para o cargo em 20 de janeiro de 2017 e, aos 70 anos de idade, foi a pessoa mais velha a assumir a presidência até que, em 2021, Joe Biden, aos 78 anos, assumiu o cargo.
Trump nasceu e cresceu no Queens, um dos cinco distritos da cidade de Nova Iorque, e recebeu um diploma de bacharel em economia da Wharton School da Universidade da Pensilvânia em 1968. Em 1971, recebeu de seu pai, Fred Trump, o controle da empresa de imóveis e construção Elizabeth Trump & Son, renomeando-a para The Trump Organization.
Durante sua carreira, construiu empreendimentos com sua marca em todo o mundo. Trump também foi dono do concurso de beleza Miss USA entre 1996 e 2015, fez breves aparições em filmes e séries de televisão e apresentou e coproduziu o reality show The Apprentice.
Em 2016, a revista Forbes o listou como a 324.ª pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido de 4,5 bilhões de dólares. Em junho de 2015, anunciou sua candidatura para a presidência como um republicano e rapidamente emergiu como o favorito para a nomeação do seu partido.
Em maio de 2016, todos os seus rivais republicanos haviam suspendido suas campanhas e, em julho, Trump foi formalmente nomeado candidato a presidente na Convenção Nacional Republicana. A campanha de Trump recebeu cobertura midiática e atenção internacional sem precedentes. Muitas de suas declarações em entrevistas e no Twitter durante a campanha foram controversas.
Durante sua presidência, Trump assinou uma ordem executiva que proibia a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Em questões internas, assinou maciços cortes de impostos, revogou provisões que haviam sido criadas por conta da crise econômica de 2007-08, tentou desfazer o Obamacare e também fez várias revisões de normas ambientais para permitir a expansão da exploração de combustíveis fósseis.
Na política externa, o presidente Trump buscou avançar sua agenda da America First, retirando os Estados Unidos das negociações do acordo da Parceria Transpacífica e do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, além de ter feito o país sair do acordo nuclear com o Irã. Ele também impôs tarifas sobre diversos produtos importados que, entre diversas consequências, levou a uma guerra comercial com a China.
Em 2019, uma nova investigação começou por denúncias de que Trump teria solicitado ao governo ucraniano para investigar a família do democrata Joe Biden. Como resultado, em dezembro, Trump se tornou o terceiro presidente a sofrer um impeachment na Câmara dos Representantes, mas foi absolvido pelo Senado em fevereiro de 2020.
Trump deixou a Casa Branca em 2021 como um dos presidentes mais impopulares da história dos Estados Unidos.
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