Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de dezembro de 2025
O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse no sábado (20) que cogita “correr atrás de um passaporte de apátrida” para continuar morando no Estado do Texas (EUA), onde está desde fevereiro. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro teve o mandato cassado pela Câmara na última quinta-feira (18) por ultrapassar o limite permitido de faltas.
“Há uma ordem a todas as embaixadas e consulados brasileiros para que eu não possa ter o passaporte comum. Assim sendo, dentro de 30 ou 60 dias, assim que eu perder meu mandato e for notificado disso, eu tenho que devolver o meu passaporte diplomático”, afirmou Eduardo em entrevista ao Jornal do SBT News.
“Se confirmada essa notícia, eu vou ficar sem passaporte brasileiro, em mais uma tentativa de Alexandre de Moraes de minar o meu trabalho. Mas eu já adianto que eu estou vacinado, conheço as estratégias dele”, disse. “Em princípio, estou sob risco de perder a possibilidade de passaporte brasileiro. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais porque tenho outros meios para fazê-lo. Ou quem sabe até correr atrás de um passaporte de apátrida. Vamos ver como é que isso acontece”, afirmou.
Apátrida é uma pessoa que não tem nacionalidade, seja por perder sua nacionalidade de origem ou por ter perdido uma nacionalidade adquirida sem readquirir a 1ª, de acordo com o dicionário Aurélio. Eduardo não perdeu a nacionalidade brasileira, apenas o passaporte diplomático que é um dos tipos de passaportes existentes.
De acordo com o site da Câmara dos Deputados, o passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro e sua família, emitido em fevereiro de 2023 e com vencimento em julho de 2027, não é mais válido. Nesse domingo (21), o ex-deputado publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) a comunicação que recebeu da Câmara com o aviso sobre o cancelamento do documento.
Na entrevista de sábado, Eduardo afirmou que, mesmo assim, seguirá trabalhando na parte internacional pela campanha de seu irmão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à Presidência. “Da minha parte, o que eu posso contribuir é a parte internacional: contatos com o mundo árabe, Israel, os Estados Unidos, El Salvador”, disse.
Eduardo ainda disse que a perda do mandato não o prejudicará no exterior. “As pessoas não me recebem porque tenho diploma de deputado federal na parede. Me recebem porque há muitos anos já eu gasto dinheiro do meu próprio bolso rodando o mundo e, por isso, as portas se abrem para mim, principalmente no cenário conservador. Entrevistas em canais internacionais, em inglês ou espanhol. Isso continuará ocorrendo”, declarou. (Com informações do portal Poder360)