Segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Eduardo Bolsonaro diz ter recebido insultos e troca de número de celular após vazamento de contato

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (25) que trocou o número do celular após seu contato ter sido vazado. Segundo ele, desde então passou a receber uma série de insultos.

O parlamentar e o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram indiciados pela PF (Polícia Federal) na quarta-feira (20), por coação a autoridades responsáveis pela ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

“No mesmo dia que foi publicado o relatório da @policiafederal com o meu indiciamento, COINCIDENTEMENTE, vazaram meu número de celular. Entre insultos e chacotas que passei a receber, comunico que mudei meu número”, escreveu no X.

Filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar também compartilhou capturas de tela mostrando mensagens recebidas de desconhecidos, com ofensas como “golpista” e “banana”.

Indiciamento

Segundo a Polícia Federal, Eduardo e Jair Bolsonaro buscaram atrapalhar o processo do golpe, em que o ex-presidente é réu. A PF também aponta indícios de que os dois cometeram o crime de tentativa de abolição do Estado democrático de direito, uma vez que suas ações “buscam atingir diretamente instituições democráticas brasileiras, notadamente o Supremo Tribunal Federal e, até mesmo, o Congresso Nacional Brasileiro”.

A PF teve acesso à troca de mensagens em um celular apreendido com Jair Bolsonaro. Segundo o relatório, o material demonstra que o ex-presidente fez “intensa produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, em afronta à medida cautelar anteriormente imposta”.

No relatório, a PF informou que foram extraídos do celular de Jair Bolsonaro áudios e conversas com Malafaia e Eduardo Bolsonaro que haviam sido apagados. Esses registros reforçam, segundo os investigadores, as tentativas de articulação para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inquéritos que apuram a suposta trama golpista.

“As mensagens demonstram que as sanções articuladas dolosamente pelos investigados foram direcionadas para coagir autoridades judiciais do Supremo Tribunal Federal”, escreveu a PF.

“Com a finalidade de favorecer interesse próprio, qual a seja, impedir eventual condenação criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais réus, acusados pela prática dos crimes de organização Criminosa, Abolição Violenta ao Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”, diz o documento da PF”, continua a polícia.

Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato para morar nos Estados Unidos, onde atua junto ao governo Donald Trump para pressionar contra o processo da tentativa de golpe. Nesse contexto, Trump impôs um tarifaço de 50% a produtos brasileiros.

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