Segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de outubro de 2025
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que reside nos Estados Unidos desde o início deste ano, usou a rede social “X” para repercutir o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder americano Donald Trump, neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia.
Eduardo escreveu: “Lula encontra Trump e na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: BOLSONARO. Imagine o que foi tratado a portas fechadas?”.
Eduardo Bolsonaro é investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) por coação do curso do processo após articular sanções ao Brasil com autoridades americanas.
Na publicação, o parlamentar usou um vídeo de uma coletiva de imprensa que aconteceu antes da reunião entre os dois presidentes. Na ocasião, ao ser questionado sobre a relação com Jair Bolsonaro (PL), Trump disse que sempre teve uma boa relação com o ex-presidente, mas que o tema não seria tratado na reunião com Lula.
“Sempre gostei dele. Me sinto muito mal pelo que aconteceu com ele. Sempre achei que ele era um cara honesto, mas ele já passou por muita coisa, já passou por muita coisa”, disse Trump.
Além de Eduardo Bolsonaro, quem também criticou o encontro foi o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Nas redes sociais, o coronel escreveu: “Na cara do Lula, Trump rasga elogios a Bolsonaro e chama-o de “grande homem”. Parece que a reunião não saiu como o Barbudinho esperava. A imprensa ontem correu para dizer que “Bolsonaro era página virada para Trump”. A imprensa militante é um câncer”.
Por outro lado, parlamentares da base comemoram a reunião entre os dois presidentes. O senador Humberto Costa (PT-PE) descreveu o encontro entre Lula e Trump como uma “vitória do diálogo”.
Já o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em sua manifestação.
“Péssimo dia para os traidores da Pátria entre eles, o conspirador Eduardo Bolsonaro. Trump e Lula se encontraram e discutiram a agenda comercial e econômica bilateral. Decidiram buscar soluções para as tarifas e sanções impostas a autoridades brasileiras”, escreveu Zarattini.
Questões políticas do tarifaço
Em julho deste ano, Donald Trump assinou o decreto que impôs uma tarifa adicional de 40% a produtos brasileiros em território norte-americano. O índice foi somado às taxas impostas anteriormente, culminando em uma sobretaxa de 50%.
Ao justificar a medida, o chefe da Casa Branca chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil – inexistente de acordo com números oficiais.
Mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e “direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, entre outros. Com informações do portal CNN.