Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de dezembro de 2025
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou imagens, nesta quinta-feira (4), de sua visita ao Muro das Lamentações, em Israel.
Em uma das gravações, ele aparece deixando um bilhete contra a prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por golpe de Estado. “Solta o Bolsonaro”, escreveu Eduardo, em português e inglês, com as bandeiras brasileira e israelense desenhadas. O Muro é um dos lugares mais sagrados de Israel, sendo local de veneração para os judeus.
“Hoje orei no Muro das Lamentações. Muitos agradecimentos e alguns pedidos: saúde, família e liberdade”, também escreveu Eduardo.
Em Israel, o parlamentar também se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O encontro contou com a presença de Amir Ohana, presidente do Knesset, o Poder Legislativo israelense. Na publicação de Eduardo Bolsonaro com Netanyahu, os dois posam juntos, e a legenda faz referência a uma passagem bíblica.
“Quem abençoar Israel será abençoado e quem amaldiçoar será amaldiçoado”, escreveu o parlamentar, com traduções para o inglês e também para o hebraico, língua oficial de Israel.
O Muro das Lamentações é um dos lugares mais sagrados de Israel. A parede, formada por pedras de calcário, é o que restou do chamado Segundo Templo de Jerusalém, na capital judaica, no lugar do original Templo de Salomão.
O Primeiro Templo foi destruído pelos babilônios no ano de 586 a.C., e a nova construção se deu a partido do ano 516 a.C.. O Segundo Templo, a princípio, era um grupo de construções simples, mas no reinado de Herodes o Grande (37 a.C. a 4 a.C.) foi completamente reformulado, com grandes estruturas e prédios imponentes. Daí ser também conhecido como Templo de Herodes.
No ano 70 d.C, o Segundo Templo foi destruído pelo general romano Tito, que recebeu a tarefa de sufocar uma revolta na então Judeia. Jerusalém foi incendiada e, do templo, sobrou apenas o Muro. O general romano, que depois se tornaria imperador, teria deixado a parede de pé para que o povo judeu não se esquecesse de que Roma vencera a guerra — daí viria a expressão Muro das Lamentações.
Os judeus, porém, encararam o fato como o cumprimento de uma promessa divina segundo a qual sempre ficaria de pé ao menos uma parte do Templo, símbolo da aliança de Deus com o povo de Israel.
Assim, o Muro se tornou local de veneração, e já remonta a vários séculos a tradição de colocar nas reentrâncias entre as pedras papéis com orações e pedidos. O muro tem três seções — a leste, a oeste e a sul. Na parte oeste fica o local oficial de orações, por isso seu nome em hebraico é “Hakotel Hama’araví”, ou Muro Ocidental.