Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Em Dubai, vice-presidente Hamilton Mourão diz que o Brasil precisa preservar ao menos 80% da Amazônia

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse neste sábado (02) que o Brasil precisa garantir a preservação de pelo menos 80% da Amazônia para mostrar à comunidade internacional o seu compromisso com o bioma. Segundo ele, estima-se que cerca de 85% da floresta ainda mantém vegetação natural, o que limita o seu desmatamento a 5%, no máximo.

“Para mostrar à comunidade internacional que não estamos desistindo da nossa responsabilidade, de que vamos trabalhar duro para manter a floresta, se formos levar em consideração um mero cálculo matemático, nós ainda temos 5% para desmatar, nada além disso. Dos outros 80%, as árvores não podem ser cortadas”, declarou Mourão.

A afirmação foi feita durante uma palestra, proferida em inglês, no Pavilhão da Sustentabilidade da Expo 2020, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ele também defendeu que o Brasil seja pago, em créditos de carbono, pela preservação da floresta.

Para o general gaúcho, o governo precisa garantir que as leis ambientais sejam cumpridas e, para isso, é necessário fortalecer os órgãos de fiscalização do meio ambiente. “Agências ambientais do Brasil têm sofrido com pessoal insuficiente e cortes orçamentários, o que se traduziu em menos eficácia na luta contra corte de madeira ilegal e incêndios criminosos. Como parte do compromisso do governo federal em reconstruir a capacidade do Estado na Amazônia, o Ibama foi autorizado a contratar 500 novos servidores”, declarou.

Segundo dados mostrados por Mourão, nos últimos 32 anos, os menores índices de desmatamento na Amazônia foram registrados em 2012. Entre 2018 e 2020, no entanto, as taxas cresceram. No ano passado, o índice aumentou 7% em relação ao ano anterior. As maiores pressões ocorrem, segundo ele, em Rondônia, Mato Grosso e Pará. Ele destacou, no entanto, que os dados de agosto deste ano apontam uma queda de 32% em relação ao mesmo período de 2020.

O vice-presidente voltou a destacar a necessidade de investimentos da iniciativa privada em projetos de desenvolvimento sustentável da Amazônia, a fim de que se possa evitar uma exploração predatória da região.

“Governos têm a maior responsabilidade em proteger o meio ambiente nos nossos países. Mas o desenvolvimento sustentável, particularmente na Amazônia, só vai ser bem-sucedido com uma maior participação do setor privado e de outros atores”, disse Mourão.

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