Domingo, 09 de novembro de 2025

Em evento na Colômbia, Lula critica intervenção militar na América Latina

Sem citar diretamente os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (9) a intervenção militar em países da América Latina e do Caribe e afirmou que manobras retóricas antigas são utilizadas para justificar ações “ilegais”.

“A ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e do Caribe. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais. Somos uma região de paz e queremos permanecer em paz. Democracias não combatem o crime violando o direito internacional”, disse o presidente.

As declarações foram dadas durante participação na 4ª Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, em Santa Marta, na Colômbia, neste domingo.

Os governos dos Estados Unidos e da Venezuela têm trocado ameaças após a intensificação de ataques militares norte-americanos a embarcações na região caribenha.

Os americanos afirmam que os ataques fazem parte do combate ao narcotráfico e já deslocaram grande efetivo militar para a região. Trump já disse que o regime de Maduro no país sul-americano está “com os dias contados” e não descartou ações terrestres.

Já o governo de Maduro afirma que os americanos estão agindo para desestabilizar o regime –inclusive com participação da CIA, a agência de inteligência norte-americana – e acusa Trump de estar “fabricando” uma nova guerra.

Os americanos afirmam que os ataques fazem parte do combate ao narcotráfico e já deslocaram grande efetivo militar para a região. Trump já disse que o regime de Maduro no país sul-americano está “com os dias contados” e não descartou ações terrestres.

Já o governo de Maduro afirma que os americanos estão agindo para desestabilizar o regime –inclusive com participação da CIA, a agência de inteligência norte-americana – e acusa Trump de estar “fabricando” uma nova guerra.

Em entrevista a agências internacionais nesta semana, Lula lembrou que já havia tratado do tema com o ex-presidente Donald Trump.

“Tive a oportunidade de conversar com Trump sobre esse assunto, dizendo que a América Latina é uma zona de paz. Aqui não proliferaram armas nucleares. No caso do Brasil, é constitucional, e eu tenho orgulho de ter votado para que não houvesse proliferação de armas atômicas e nucleares no país”, disse o presidente.

Lula defendeu ainda que o Mercosul e a União Europeia aproveitem a próxima Cúpula do bloco sul-americano, em dezembro, para selar um acordo comercial “baseado em regras” e “em resposta ao unilateralismo”.

“Na próxima Cúpula do MERCOSUL, em dezembro, espero que os dois blocos possam finalmente dizer sim para o comércio internacional baseado em regras como resposta ao unilateralismo”, afirmou Lula, ao discursar na da IV Cúpula CELAC-UE, na Colômbia.

Segundo o presidente, o instrumento possibilitará a formação de um mercado de 718 milhões de pessoas e Produto Interno Bruto (PIB) de 22 trilhões de dólares.

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