Sábado, 17 de maio de 2025

Em Porto Alegre, vacinação contra gripe agora é oferecida a todos os públicos a partir dos 6 meses

A partir desta sexta-feira (16), a vacina contra a gripe está disponível à população em geral com idade mínima de 6 meses. O procedimento estava restrito a crianças de até 6 anos incompletos, idosos, gestantes, indivíduos com deficiência ou comorbidades e outros segmentos, mas foi ampliado para contribuir na contenção do aumento dos casos de complicações respiratórias.

O imunizante é seguro e eficaz contra pelo menos três variantes do vírus influenza, responsável pela doença. E pode ser ministrado na mesma ocasião que o fármaco contra covid – recomenda-se apenas a aplicação em braços diferentes, a fim de reduzir o risco de dor na musculatura que recebe a injeção.

Chefe da Equipe de Imunizações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a enfermeira Renata Capponi destaca a importância da vacina, sobretudo para grupos considerados prioritários: “Menores de 6 anos, maiores de 60 e gestantes têm risco adicional de tcomplicações pela influenza, por isso devem se vacinar antes do período mais frio.”

“Dia D”

Já o “Dia D” de imunização contra a gripe em Porto Alegre será realizado no dia 24 (sábado) – a data originalmente prevista era  10 de maio, mas a ocorrência de fortes chuvas na véspera motivou a mudança na data, por causa na maior dificuldade de deslocamento até os postos de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é alcançar uma cobertura de 90% em cada um dos segmentos populacionais mais vulneráveis à infecção pelo vírus causador da gripe. Estima-se que estes totalizem mais de 410 mil pessoas na capital gaúcha.

Agravamento

Em meio a um cenário marcado pela alta nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e hospitais lotados, a prefeitura deve editar nos próximos dias um decreto de situação de emergência. Trata-se de uma exigência do Ministério da Saúde para obtenção de recursos adicionais para enfrentamento da situação, por meio de medidas como ampliação do número de leitos.

Doenças respiratórias costumam ser mais frequentes entre os gaúchos durante o inverno, exceto em contextos atípicos como a pandemia de coronavírus. A estação mais fria do ano só começa em 20 de junho, mas a alta demanda por internações já ocorre desde a primeira semana deste mês.

A síndrome respiratória aguda grave  é uma condição em que uma infecção respiratória gera grande dificuldade de respirar e lesões nos alvéolos (sacos de ar nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas). Muitas vezes é acompanhada de pneumonia.

Além da dispneia, são sintomas a sensação de “peso” no peito e lábios arroxeados. Pode trazer febre e perda de apetite. Pode ser resultado de infecção viral como gripe ou covid, bem como consequência de doenças bacterianas ou fúngicas.

No diagnóstico são levados em conta os sintomas e exames de imagem dos pulmões. Outro critério que define essa síndrome é uma baixa saturação de oxigênio no sangue. O principal método preventivo é a vacinação contra doenças que podem levar a esse quadro, como a gripe e a covid. Também deve ser evitado o contato próximo com pessoas com infecções respiratórias.

Já o tratamento inclui suplementação de oxigênio, com diferentes equipamentos, além de fisioterapia respiratória. Outras intervenções dependem da causa, e podem envolver antivirais ou outros fármacos. A duração do quadro é variável. Casos que respondem bem ao tratamento podem se resolver em duas semanas ou menos. Quadros mais graves podem se prolongar e levar ao óbito.

(Marcello Campos)

 

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