Sexta-feira, 18 de julho de 2025

Em pronunciamento na TV, Lula critica “chantagem inaceitável” de Trump e alfineta “traidores da Pátria”

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite dessa quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, de “chantagem inaceitável”.

Lula afirmou que o governo brasileiro realizou mais de dez reuniões com o governo dos Estados Unidos e que encaminhou, no dia 16 de maio, que não foi respondida.

“Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”.

O petista também defendeu o Judiciário brasileiro e afirmou que tentar interferir na justiça brasileira é “um grave atentado à soberania nacional”.

“Contamos com um Poder Judiciário independente. No Brasil, respeitamos o devido processo legal, os princípios da presunção da inocência, do contraditório e da ampla defesa”.

O Judiciário tem sido alvo de ataques de Trump por conta do julgamento do ex-presidente brasileiro no Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado em 8 de Janeiro.

Na carta à Lula, Trump afirmou, sem provas, que sua decisão de aumentar a taxa sobre o Brasil também foi tomada “devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.

“Traidores”

O presidente Lula criticou ainda políticos brasileiros que apoiam as medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos e os chamou de “verdadeiros traidores da Pátria”. Lula não citou nomes.

“Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo”.

O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é visto pela família como um articulador com o governo Trump. Eduardo se licenciou do mandato de deputado e está morando nos Estados Unidos desde março deste ano.

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