Segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Em Santa Catarina, quatro pessoas foram encontradas mortas dentro de um carro; suspeita é de intoxicação por monóxido de carbono

Quatro pessoas morreram após serem encontradas desacordadas dentro de uma BMW estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã dessa segunda-feira (1º). A principal suspeita é de morte por intoxicação, segundo o delegado Bruno Effori. Ele disse que a investigação identificou uma perfuração no veículo jogando monóxido de carbono pra dentro dele.

As vítimas eram: Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos; Karla Aparecida dos Santos, 19; Tiago de Lima Ribeiro, 21 e Nicolas Kovaleski, 16.

Ao delegado, a família disse que o veículo havia passado por uma customização recente no sistema de escapamento do carro. A polícia busca saber se tem relação com o vazamento.

Inicialmente, Effori informou que havia cinco jovens no veículo com placas de Minas Gerais: três homens e duas mulheres, e uma delas sobrevivente. A jovem foi encaminhada para exame de corpo de delito e em seguida foi ouvida pela polícia.

Ela relatou que saiu de Minas de ônibus para encontrar o namorado e os amigos, na manhã dessa segunda, na rodoviária. O grupo, também de Minas Gerais, havia se mudado para a Grande Florianópolis há um mês. Eles esperariam por ela em Camboriú, para seguirem até a capital catarinense juntos.

Quando chegou, encontrou os quatro ocupantes relatando ânsia de vômito e tontura. Ela ficou, então, saindo e entrando do carro, esperando eles melhorarem, o que não aconteceu.

Ao todo, eram 3 homens e duas mulheres dentro do carro. O mais velho entre os que perderam a vida, conforme o delegado, tinha 24 anos. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal.

Conforme o delegado, imagens de câmeras de monitoramento do Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú, onde o carro estava estacionado quando as vítimas foram encontradas, foram analisadas.

Após checagem da investigação, o delegado deu detalhes sobre a dinâmica do caso. Segundo Effori, a mulher que sobreviveu foi a que menos ficou dentro do carro. Ela chegou de Minas Gerais de ônibus, por volta das 3h e ficou aguardando os ocupantes da BMW, que iriam encontrá-la.

“Ela chega aproximadamente 2h antes do veículo e fica aguardando na rodoviária. Aí o veículo chega e eles (ocupantes) avisam para ela que estão passando mal. Eles relatam náusea, tontura, tremedeira, entenderam por bem esperar até melhorar”, relata.

Neste tempo, a jovem entra e sai do carro seguidas vezes, explica o delegado. “Ela não permaneceu o tempo todo dentro do veículo, que ficou ligado por cerca de 3h a 4h, com ar condicionado ligado.

O delegado confirmou que não há sinais de violência nas vítimas, mas ainda será apurado se há participação de “terceira pessoa”.

O carro passou por perícia. A Polícia Científica informou que o laudo do carro e dos corpos pode demorar alguns dias para ser concluído.

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