Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Em tempos de pandemia, como fica a saúde mental dos profissionais da saúde?

Quando se trata de covid-19, dia após dia o número de pacientes aumenta. Mas e os profissionais de saúde, como estão lidando com essa carga emocional?

Nada mais justo do que voltar os olhos para os profissionais que, nos últimos tempos tem dado a vida para salvar vidas todos os dias, lidando com as incertezas de um novo vírus, com números alarmantes, com a notícia de mais óbitos. Você, que está em casa, deve estar abalado emocionalmente com a enxurrada de informações sobre a covid-19. Mas já parou para pensar como está o psicológico dos médicos, enfermeiros e técnicos, que estão na linha de frente no tratamento da pandemia?

“Lidar com o novo, com uma patologia completamente nova, o risco dela ser uma doença transmissível tanto para a comunidade, tanto como para familiares causa um grande impacto em cada um de nós”, relatou a médica, Taiani Vargas.

A rotina dentro dos hospitais também mudou. As máscaras, aventais e escudos faciais se tornaram os melhores aliados. E a tensão não se perde, nem no momento de deixá-los e seguir para casa.

“A desparamentação é um dos momentos mais difíceis, porque na saída do nosso trabalho, eu já trabalhei por 6 a 12 horas, eu já to cansada, eu já quero ir para casa e esse momento se torna tenso. Treinamentos foram feitos, tem toda uma regra, um ajuda o outro, porque é um passo a passo que não pode pular nenhum dos passos”, disse a médica.

O Conselho Nacional de Enfermagem, disponibiliza atendimento gratuito, 24 horas por dia, via chat, feito por enfermeiros especializados em saúde mental. No site juntoscontraocoronavirus.com.br são atendidos por dia, cerca de 100 profissionais. Entre todos os estados do país, mais de 5% das conversas online, são do Rio Grande do Sul. A Secretaria de Saúde do estado, também conta com um serviço para todos os profissionais da área, chamado Revira Saúde que presta tele consultoria no assunto.

“É muito normal o profissional se sentir muitas vezes sem condições ou muito angustiado com a situação que está vivendo. E a gente tem algumas dicas de como isso pode amenizar um pouco, é importante que o profissional consiga falar isso com alguém, falar com algum colega sobre assunto de trabalho que está vivendo a mesma situação, isso pode ajudar bastante porque ele vai entender, então é preciso ter esses momentos de conversa”, explicou a chefe de políticas transversais da Ses/RS, Marilise Fraga.

“É uma situação bem diferente, tivemos outras pandemias, a do H1N1, mas agora o risco de transmissão é maior, a gente fica inseguro, ficamos com medo, mas continuamos aí, firmes e fortes e com certeza vamos sair fortalecidos de tudo isso”, finalizou a médica Taiani.

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