Quinta-feira, 08 de maio de 2025

Em Viamão, homem é sentenciado a 27 anos de cadeia pelo feminicídio de uma gestante

Em júri popular na cidade de Viamão (Região Metropolitana de Porto Alegre), um homem foi sentenciado a 27 anos de cadeia pelo feminicídio de sua companheira. O cálculo da pena levou em conta o fato de a mulher ser uma gestante, além de o crime ter sido cometido – em 2022 – diante de familiares da vítima.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o ato de barbárie teve como testemunhas a mãe e uma irmã da vítima. Ela foi baleada durante discussão por motivo fútil, já que ela foi acusada pelo parceiro de ter dado um boné dele a outro indivíduo.

Na época do crime, o agressor cumpria pensa em regime semiaberto, no aguardo da instalação de tornozeleira eletrônica. Após o feminicídio, ele fugiu e assaltou um motociclista, motivo pelo qual acabou condenado também por roubo.

A promotora de Justiça Aline Baldissera atuou em plenário pelo MPRS. Segundo ela, o autor dos disparos foi preso um mês após o crime e assim permanecia desde então.

Crime semelhante

Em Parobé (Vale do Sinos), o MPRS denunciou à Justiça, nessa quarta-feira (7), um homem acusado de matar a facadas a ex-companheira, no dia 18 de abril. A vítima do feminicídio era mãe de uma menina de 5 anos e estava grávida de um segundo filho.

De acordo com o promotor Rafael Wobeto Pinter, o crime foi cometido por razões da condição do sexo feminino. Também devem ser considerados agravantes o fato de a mulher ser uma gestante e de ter sido assassinada com o uso de meio cruel e que dificultou a sua defesa – ao todo, foram 19 golpes com instrumento pérfuro-cortante.

“O caso é de ‘feminicruelcídio’, expressão que usei durante o acolhimento dos familiares da vítima na Promotoria de Justiça”, ressalta Pinter. “Esse crime abalou não apenas a comunidade de Parobé, mas todo o Estado, por causa da perversidade e do completo desprezo à condição da jovem (que estava grávida). Com a denúncia, o Ministério Público espera trazer uma resposta à tamanha brutalidade”.

Além de sentença de prisão, o MPRS requer a fixação de um valor mínimo para reparação dos danos causados aos familiares. A quantia estipulada é de R$ 200 mil, além do pagamento de pensão à filha da vítima.

Predador sexual

O MPRS informou que fará uma busca ativa para acolher e prestar apoio psicológico a vítimas de abusos sexuais por parte de um homem de 36 anos, morador de Taquara (no Vale do Paranhana). Ao menos 158 delas já foram identificadas, todas crianças e adolescentes, mas o número pode ser superior a 700 em mais uma década.

Conhecido como “predador sexual de Taquara”, o indivíduo entrou na mira das autoridades em janeiro, após uma garota de 9 anos contar para a mãe que estava sendo ameaçada por uma pessoa na internet. A investigação chegou ao autor: com ele foi apreendida uma grande quantidade de mídias digitais contendo imagens de pornografia infantil.

(Marcello Campos)

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