Segunda-feira, 03 de novembro de 2025

Empresários manifestam apoio ao governo do Rio após operação com 121 mortos

Uma entidade que representa mais de 30 categorias do setor produtivo do Rio de Janeiro divulgou uma carta para manifestar apoio à cúpula da Segurança Pública do governo Cláudio Castro (PL) pela operação contra o Comando Vermelho realizada nos complexos da Penha e do Alemão — ação que resultou em 121 mortos.

No documento, o Instituto Todos Pelo Rio também critica a ADPF das Favelas –uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020 que limitou as ações policiais em comunidades fluminenses.

Para os empresários, a ADPF favoreceu os criminosos, que se aproveitaram das restrições para comprar mais armas e munições. “É preciso reconhecer que o aumento do poder bélico e da influência territorial das organizações criminosas –claramente de natureza narcoterrorista – não ocorreu de forma repentina. Trata-se de um processo que se consolidou ao longo dos últimos anos, em grande medida favorecido pelas severas restrições impostas à atuação das forças de segurança”, diz o texto, que também foi enviado ao Palácio do Planalto.

No início do ano, representantes da entidade chegaram a ir a Brasília pedir a ministros do STF que revogassem a medida. Na época, porém, a Corte decidiu apenas flexibilizar alguns pontos. Os ministros decidiram, por exemplo, pelo fim da restrição ao uso de helicópteros pelas polícias e acabaram com a exigência imposta às corporações em ter de ao comunicar o governo federal com antecedência eventuais incursões nas comunidades.

Na carta, o Instituto sustenta que as comunidades estão sendo dominadas pelas facções, gerando riscos aos moradores, a prestadores de serviços e à economia .“Essa realidade criminosa gera perdas significativas: risco ao transporte de cargas; de pessoas, aumento do custo de seguros; interrupções na cadeia de abastecimento e fragilização da governança urbana, que inviabiliza a expansão ordenada do mercado formal”, ressaltam os empresários.

Eles afirmam ainda que a recorrente soltura de criminosos, sem seguir os critérios de periculosidade e de reincidência, também colabora para o crescimento da violência no Estado e produz impunidade.

“Esse ‘enxugar de gelo’ institucional contribui diretamente para o cenário de violência que testemunhamos, pois parcela significativa dos indivíduos hoje neutralizados ou recapturados já deveriam estar cumprindo pena, conforme determinações legais”, conclui a carta. Com informações da Revista Veja.

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