Domingo, 05 de outubro de 2025

Empresas sofrem perdas bilionárias com greves no setor público

Empresas de diversos setores enfrentam perdas significativas devido às paralisações de carreiras ligadas ao setor público, que já ultrapassam os R$ 2,2 bilhões, principalmente no setor do petróleo. Atualmente, pelo menos 15 categorias de funcionalismo estão envolvidas em movimentos de reivindicação, com negociações em andamento com o governo há meses.

Entre as categorias afetadas estão funcionários ligados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), CGU (Controladoria Geral da União), Tesouro Nacional, Susep (Superintendência de Seguros Privados), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), e profissionais da educação, entre outras.

A paralisação das atividades do Ibama tem causado perdas expressivas no setor de petróleo e gás, que já contabiliza cerca de R$ 2,250 bilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Empresas têm deixado de produzir 40 mil barris de petróleo diariamente devido à falta de licenças de operação, impactando não apenas os negócios, mas também a economia nacional. Outro exemplo é no setor automotivo. Lançada em março, a Fiat Titano tem mostrado um resultado muito fraco nos emplacamentos, com apenas 43 unidades registradas em abril. É uma quantidade tão baixa que não dá para dizer que ela fracassou nas lojas, e sim de que tem algo de errado. De fato, a caminhonete simplesmente não está chegando às concessionárias para ser entregue aos clientes, e a culpa é a greve do Ibama, que emite o certificado ambiental para os veículos importados.

Além disso, a paralisação afeta também outras áreas, como mineração e energia. O número de licenças concedidas pelo Ibama reduziu drasticamente, prejudicando projetos de termoelétricas e eólicas, entre outros. O setor automobilístico também é impactado, com 30 mil veículos aguardando liberação ambiental em portos, afetando não só o mercado nacional, mas também as exportações.

O movimento de paralisação pode se intensificar caso categorias que atualmente realizam apenas paralisações decidam radicalizar, alerta Rudinei Marques, presidente da Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado). A situação pode se agravar, comprometendo não apenas o funcionamento do governo, mas também o orçamento público.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Caixa adia prova de concurso no Rio Grande do Sul, mas mantém seleção no restante do País
Não é preciso aderir ao catastrofismo para saber que as tragédias têm a ver com a escalada do aquecimento global
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play