Segunda-feira, 04 de agosto de 2025

Enquanto Eduardo Bolsonaro segue nos Estados Unidos, nomes começam a ser sondados para ocupar a segunda vaga numa chapa ao Senado apoiada por Tarcísio e Bolsonaro nas eleições do ano que vem

Emissários de partidos de centro e da direita paulista já iniciaram as sondagens para encontrar quem pode ocupar a vaga de Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa pelo Senado em São Paulo. Com o parlamentar nos Estados Unidos, sem data para voltar e alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura sua atuação contra autoridades do Judiciário no exterior, um cenário antes dado como definido acabou virando uma corrida de popularidade.

Inicialmente, aliados apostavam que Eduardo e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), seriam os dois nomes do campo conservador para disputar as duas vagas abertas para o Senado no ano que vem. No cenário sem Eduardo, o bolão de apostas começou a pipocar com nomes.

Alguns são alvo de sondagem há muito tempo, como o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia (sem partido), o deputado federal evangélico Cezinha de Madureira (PSD) e o ex-ministro e também deputado Ricardo Salles (Partido Novo); já outros cotados são novidade, como o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), conhecido como o “prefeito do TikTok” por sua atuação nas redes sociais.

Ouvidos, nenhum deles descarta a ideia, confirmando as sondagens, mas alguns ainda não se colocam efetivamente como pré-candidatos.

No papel, uma vaga seria indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outra do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, ainda não está claro para os interlocutores ouvidos pela reportagem quem é o fiador de Derrite, aliado do ex-presidente e secretário do governador paulista. O que acreditam é que a bola está na mão de Tarcísio.

— Tenho sido procurado por políticos e partidos nesse sentido, incentivando a participação numa vaga majoritária em 2026, mas penso que ainda teremos muitos episódios políticos até lá — diz Garcia, ex-governador de São Paulo. Apesar de ter sido derrotado por Tarcísio quando tentou a reeleição em 2022, o ex-PSDB se tornou um dos aliados do ex-ministro de Bolsonaro, aconselhando o dirigente estadual enquanto estava no setor privado.

O prefeito de Sorocaba, cidade do interior de São Paulo, afirma que já foi sondado tanto por emissários do Republicanos quanto do União Brasil para tentar a vaga. Manga diz gostar da possibilidade de disputar o Senado.

Destacado nas redes sociais, o prefeito chegou a pensar em disputar o governo do estado pelo PRTB, partido do ex-coach Pablo Marçal, mas recentemente fortaleceu sua relação com o governador de São Paulo, a quem até teria oferecido conselhos sobre redes sociais que o governador teria adotado.

Cacique do União Brasil , o ex-verador Milton Leite confirma que estuda o nome de Manga e, para além disso, que o União Brasil vai pleitear a vaga. Mesmo com a “superfederação” entre União Brasil e PP, Milton não vê a indicação de Derrite como um nome do partido. O líder também não exclui a possibilidade de quatro candidatos pleitearem o cargo, apesar de esse cenário dividir o eleitorado.

— O União tem o direito, nós temos nomes e vamos pleitear a vaga. Estamos estudando filiação e, até março do ano que vem, podemos ter alguém, mas até lá muita coisa pode acontecer — pondera.

— Se o Tarcísio decidir que eu seja, meu nome está pronto — afirma Cezinha, que teria que sair do PSD para pleitear a vaga, já que dificilmente o PSD conseguiria emplacar tanto a vice estadual quanto o Senado nesse cenário. O deputado, no entanto, pontua que não procura ativamente a indicação, mas que está sendo sondado.

Salles é um dos poucos categóricos: “Eu sigo candidato a senador pelo Novo”. Procurado para comentar o caso, Eduardo não respondeu à reportagem. O deputado esta fora do país desde 18 de março. Nos Estados Unidos, ele trabalha por sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pelo julgamento que apura a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro na invasão dos Três Poderes no dia 8 de Janeiro.

A definição dos candidatos, porém, só deve ocorrer no início de 2026. Até lá, aliados seguem monitorando a movimentação de Eduardo Bolsonaro — e testando seus próprios nomes nos bastidores e nas redes sociais. As informações são do portal O Globo.

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