Domingo, 16 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 15 de novembro de 2025
Uma tempestade solar atingiu a Terra nessa semana com potencial para causar falhas de energia e interrupções nas comunicações no norte da Europa. O fenômeno, apelidado de “tempestade canibal”, ocorre quando múltiplas erupções solares se combinam, ampliando seu impacto no campo magnético terrestre.
Segundo a imprensa britânica, uma erupção solar de classe X5.1 (entre as mais intensas) provocou na terça-feira (12) apagões de rádio na Europa e na África e formou impressionantes auroras boreais. Agora, uma segunda onda pode tornar o evento o mais forte em mais de duas décadas, segundo o Serviço Geológico Britânico (BGS).
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) confirmou que duas ejeções de massa coronal já atingiram o planeta, oito vezes mais fortes que o normal, enquanto uma terceira ainda se aproxima. A NOAA alerta para falhas em rádios e sistemas de GPS até esta sexta-feira (14).
O Met Office classificou o evento como uma tempestade geomagnética G5, o nível mais extremo, capaz de causar danos a transformadores e instabilidade na rede elétrica. “Este pode ser o maior evento dos últimos 20 anos”, afirmou Gemma Richardson, do BGS.
Apesar dos riscos, o fenômeno tem produzido auroras boreais raras no Reino Unido. Segundo Krista Hammond, do Met Office, novas aparições podem ocorrer, mas o tempo nublado deve dificultar a observação, com melhores chances no norte da Escócia.
Poder do Sol
De acordo com a NASA, uma erupção solar é uma intensa explosão de radiação provocada pela liberação de energia magnética das manchas solares — os maiores eventos explosivos do sistema solar. Essas erupções são classificadas por intensidade: a classe X é a mais poderosa, seguida por M, C e B. Embora possam causar interferências nas comunicações, também são responsáveis pelas luzes coloridas que enfeitam o céu polar.
A interação entre as partículas solares e o campo magnético terrestre faz com que a atmosfera superior brilhe, formando as chamadas luzes do norte.
As auroras boreais, um fenômeno de luz natural causado pela interação entre partículas solares e a atmosfera terrestre, têm se tornado mais comuns à medida que o sol entra na fase máxima do seu ciclo de atividade de 11 anos. A intensidade das auroras visíveis e sua abrangência dependerão de como as explosões solares interagem com o campo magnético da Terra. Segundo especialistas, as exibições vibrantes podem ser vistas em várias partes dos Estados Unidos e de outras regiões do Hemisfério Norte.
A cada 11 anos, o sol passa por uma transformação significativa, com a troca de polos magnéticos, o que aumenta a ocorrência de tempestades solares e, consequentemente, das auroras. Esse fenômeno já foi observado com exibições de luzes espetaculares em locais incomuns, como a Alemanha, Reino Unido, Nova Inglaterra e até em Nova York, após uma tempestade solar poderosa no ano passado. As informações são de O Globo e Jovem Pan.