Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de julho de 2025
Militantes terroristas do Hamas afirmaram na sexta-feira (4) que responderam positivamente a uma nova proposta de cessar-fogo com Israel, mediada por Estados Unidos, Egito e Catar. O plano em discussão prevê uma trégua de 60 dias nos combates em Gaza, com a realização de trocas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, além do início de negociações voltadas para o encerramento definitivo da guerra, que teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque coordenado do Hamas contra civis israelenses.
Segundo comunicado oficial divulgado pelo grupo extremista, a resposta enviada aos mediadores internacionais reflete uma postura aberta à retomada do diálogo. “O movimento apresentou sua resposta aos mediadores fraternos, que se caracterizou por um espírito positivo. O Hamas está totalmente preparado para iniciar imediatamente uma nova rodada de negociações sobre o mecanismo para implementar esta estrutura”, declarou o grupo em nota.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que Israel aceitou os termos gerais da proposta no início da semana. Ele afirmou que agora cabe ao Hamas avançar com a decisão. “Esperamos que isso aconteça. E estamos ansiosos para que aconteça na semana que vem. Queremos libertar os reféns”, disse Trump. Em sua rede social Truth Social, ele reforçou a mensagem com uma publicação direta: “Fechem o acordo em Gaza. Resgatem os reféns”.
De acordo com o que foi discutido até o momento, a proposta prevê a libertação de 10 reféns vivos, além da devolução dos corpos de outros 18 que teriam morrido durante o cativeiro. Em contrapartida, Israel se comprometeria a libertar prisioneiros palestinos em etapas sucessivas. O acordo também impõe uma exigência adicional ao Hamas: o grupo deverá evitar cerimônias públicas de recepção para os prisioneiros libertados, como ocorreu em cessar-fogos anteriores — um gesto que gerou forte indignação na sociedade israelense.
Uma autoridade israelense ouvida pelo jornal The New York Times afirmou que há “sinais positivos” nas tratativas atuais. Já um representante do governo egípcio, também envolvido no processo de mediação, confirmou que a resposta do Hamas tem pontos construtivos, mas admitiu que ainda existem “demandas específicas que precisam ser resolvidas”. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.
O principal impasse continua sendo o desfecho da trégua e o controle político e militar da Faixa de Gaza no cenário pós-guerra. O Hamas insiste em um cessar-fogo definitivo antes da libertação total dos reféns. Israel, por outro lado, insiste que o conflito só pode terminar com a eliminação das capacidades militares e administrativas do grupo. (Com informações do portal R7)