Sábado, 21 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de junho de 2025
A atriz Mariana Rios revelou nesta semana que está grávida. Prestes a completar 40 anos, ela relatava as dificuldades para engravidar, que a levaram inclusive a criar o projeto Basta Sentir Maternidade, uma plataforma online que tem como principal objetivo servir de apoio emocional e psicológico para outras mulheres.
Mariana chegou a descobrir uma gestação em 2020, porém perdeu o bebê devido a um aborto espontâneo causado por uma condição autoimune. Mais recentemente, ela contou ter optado pela técnica de fertilização in vitro. Após algumas tentativas mal sucedidas, a atriz e o namorado, o economista João Luis Diniz D’Avila, esperam o primeiro filho.
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida feita pela primeira vez em 1984 no Brasil. Nela, a fecundação ocorre fora do corpo. Para isso, o óvulo e os espermatozoides são coletados, e os médicos realizam o processo em laboratório. Em seguida, o embrião é inserido no corpo da mulher. O processo tem uma taxa de sucesso maior que a inseminação intrauterina, antigamente conhecida como artificial, porém é mais caro.
Na inseminação, o sêmen é injetado diretamente dentro do útero. Em alguns casos, ocorre uma estimulação hormonal para aumentar a produção de óvulos. Há também a possibilidade de o médico selecionar antes os espermatozoides mais ágeis, para elevar a chance de gravidez. As duas são as principais técnicas feitas hoje para pessoas com dificuldade para engravidar.
“Inseminação é principalmente quando a mulher não ovula ou ovula pouco. É um procedimento bem simples, pode ser feito no consultório sem anestesia. Infertilidade sem causa aparente, endometriose mínima ou leve são outros casos em que pode ser indicado. Já a fertilização é normalmente para casos mais complexos, quando existe um problema nas trompas, quando o sêmen é muito alterado, quando precisa fazer biópsia de embrião, endometriose moderada ou grave. Então são situações mais difíceis”, explica o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Renato Fraietta, coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da instituição.
A biópsia mencionada é indicada nos casos em que pelo menos uma das partes do casal possui uma doença genética que pode ser passada para o filho. Isso é importante para Mariana, já que a atriz relatou recentemente que ela e o namorado têm um quadro de incompatibilidade genética que pode elevar a chance de um aborto espontâneo ou de o filho ter uma síndrome genética.
As técnicas de reprodução assistida têm crescido especialmente em meio ao avanço da infertilidade. Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2023, cerca de 1 a cada 6 adultos (17,5%) enfrentam dificuldades para engravidar. Uma análise de 2007, por exemplo, publicada na revista científica Human Reproduction, estimava que a prevalência era de 9% da população na época.
O diagnóstico de infertilidade é definido por não conseguir uma gravidez após ao menos 12 meses de tentativas, afeta o “bem-estar mental e psicossocial das pessoas”, diz o órgão. No Brasil, segundo o Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), plataforma da Anvisa que monitora a reprodução assistida, existem 213 centros onde são realizados aproximadamente 55 mil ciclos de fertilização in vitro ao ano. (Com informações do jornal O Globo)