Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de dezembro de 2021
O Equador, sétimo país da América Latina com mais mortes pela pandemia do coronavírus, declarou obrigatória a vacinação contra a covid-19, devido à presença da variante ômicron, informou o Ministério da Saúde.
A imunização anticovid não será obrigatória, porém, para pessoas que tenham alguma contraindicação médica, que devem apresentar comprovação, esclareceram as autoridades.
O Ministério da Saúde argumentou que a decisão tem base na Constituição, que estabelece que a saúde é um direito que deve ser garantido pelo Estado.
A Lei Orgânica da Saúde indica que o Executivo tem competência para “declarar a obrigatoriedade das imunizações contra determinadas doenças, nos termos e condições que a realidade epidemiológica nacional e local exigir”, afirmou a pasta.
Cerca de 69% dos 17,7 milhões de habitantes do Equador receberam o esquema vacinal completo de duas doses. Além disso, 900 mil pessoas receberam também a dose de reforço.
Para combater o aumento de casos após a detecção da variante ômicron há uma semana, o país impôs a exigência de apresentação da carteira de vacinação para entrar em eventos públicos, restaurantes, shopping centers, cinemas e teatros. Também reduziu a capacidade máxima nesses espaços para 50%.
Chile
O Chile aplicará uma quarta dose da vacina contra a covid-19 a partir de fevereiro, começando pelos grupos mais vulneráveis, anunciou o presidente, Sebastián Piñera.
“No mês de fevereiro, ou quando for necessário, começaremos a vacinação com a quarta dose, porque a primeira preocupação e prioridade é proteger a saúde e a vida de nossos compatriotas”, disse Piñera durante um ato para comemorar o primeiro ano do lançamento da campanha de vacinação contra a covid-19 no Chile.
Piñera informou que a quarta dose será administrada primeiro aos grupos mais vulneráveis, como profissionais de saúde, idosos e doentes crônicos, e depois para o restante da população.
“E uma boa notícia: já garantimos as vacinas necessárias para a quarta dose”, disse ele.
Anteriormente, o ministro da Saúde, Enrique Paris, explicou que a decisão de colocar a quarta dose foi tomada com base em estudos que “mostram que há uma queda na taxa de anticorpos” contidos nas vacinas e que combatem a covid-19, seis meses após a última dose ter sido injetada.
“Se não tem anticorpos, há uma possibilidade maior de adoecer. Foi demonstrado que uma terceira dose, não estamos falando da quarta, melhora a resposta imunológica à nova cepa ômicron”, disse Paris.
Até o momento, o Chile – com cerca de 19,2 milhões de habitantes – registrou 1.796.232 infectados e 38.954 óbitos pela doença. No último dia, foram registradas 1.504 novas infecções e 54 mortes.
Nas últimas duas semanas, houve queda de 33% nos casos novos, em meio ao início do verão.
Em um ano, o Chile recebeu mais de 48 milhões de doses das vacinas Pfizer-BioNTech (17.863.950), AstraZeneca (4.030.900), Sinovac (25.660.876) e CanSino (575.908).
O país tem mais de 16,5 milhões de pessoas vacinadas com o esquema completo (duas doses), o que representa 86,7% da população. Em 6 de dezembro, começou a vacinar crianças a partir dos três anos.