Terça-feira, 05 de agosto de 2025

Estados Unidos condenam prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

Os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira (4) a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de impor prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que investigam o ex-mandatário.

Em publicação nas redes sociais, o Escritório do Departamento de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental afirmou que Moraes, “agora um violador de direitos humanos sancionado pelos Estados Unidos, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”.

“Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar! Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem e forem cúmplices da conduta”, diz o comunicado.

A decisão de Moraes, publicada no domingo (3), argumenta que o ex-presidente descumpriu de forma reiterada as medidas cautelares anteriormente impostas, incluindo restrições de comunicação e contato com investigados e autoridades estrangeiras.

Segundo o despacho, Bolsonaro está proibido de receber visitas, com exceção de seus advogados, e só pode ter contato com pessoas autorizadas expressamente pelo Supremo. Também está vedado o uso de telefone, seja direta ou indiretamente, por intermédio de terceiros.

No último domingo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma chamada de vídeo do pai com apoiadores durante manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro. O episódio teria sido um dos fatores que motivaram a nova decisão judicial.

Além disso, Moraes manteve outras restrições já existentes, como a proibição de contato com embaixadores e a aproximação de embaixadas ou autoridades estrangeiras. Também foi reiterada a vedação do uso das redes sociais por Bolsonaro.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente e apreendeu seu telefone celular. Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que foi “surpreendida com a decretação de prisão domiciliar”, alegando que o ex-presidente não descumpriu qualquer medida judicial.

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