Segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Estados Unidos e Rússia trocam farpas na ONU pela crise da Ucrânia

A Rússia e os Estados Unidos trocaram acusações nesta segunda-feira (31), durante reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York (EUA), convocada para discutir o acúmulo de tropas de Moscou na fronteira com a Ucrânia.

Washington disse que o envio dos soldados russos era uma “ameaça à paz e à segurança internacional”, enquanto um porta-voz do Kremlin chamou a cúpula da ONU de “golpe de relações públicas” e acusou a Casa Branca de criar “histeria”.

Os EUA disseram que a Rússia planeja aumentar sua presença militar em Belarus para 30 mil soldados nas próximas semanas, para se somarem aos mais de 100 mil que mantém próximo à fronteira com a Ucrânia.

Belarus, por sua vez, negou que esteja sendo usada como palco para uma invasão russa à Ucrânia. A Rússia viu como intromissão em assuntos internos do país os EUA convocarem uma reunião aberta para discutir a questão e negou que mantenha cerca de 100.000 soldados próximo à fronteira com a Ucrânia.

Barrar reunião

Antes do início do encontro, os Estados Unidos conseguiram convencer 10 dos 15 membros do Conselho de Segurança a apoiarem a reunião pública desta segunda-feira, frustrando uma tentativa russa de interromper o encontro.

No entanto, qualquer ação formal do Conselho de Segurança da ONU é considerada extremamente improvável, dado o poder de veto da Rússia (que é membro fixo do Conselho) e seus laços com outros membros do grupo, incluindo a China, que apoiou a tentativa de Moscou de bloquear uma reunião aberta.

“Este é realmente o momento certo para uma diplomacia silenciosa”, disse Zhang Jun, enviado de Pequim à ONU.

Farpas

Os EUA e a Rússia trocaram farpas, com o enviado de Moscou, Vassily Nebenzia, acusando os EUA de instalar “nazistas puros” no poder em Kiev.

A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, respondeu que a crescente força militar da Rússia ao longo da fronteira com Ucrânia é “a maior mobilização” na Europa em décadas, acrescentando que houve, também, um aumento nos ataques cibernéticos e na desinformação russa.

“Eles estão tentando, sem qualquer base factual, pintar a Ucrânia e os países ocidentais como os agressores para fabricar um pretexto para o ataque”, disse ela.

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