Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de março de 2022
O governo dos Estados Unidos está “discutindo ativamente” com a Europa a possibilidade de proibir as importações russas de petróleo, disse o chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken, enquanto a Casa Branca está sob pressão de congressistas para adotar esta medida em meio à invasão russa da Ucrânia.
“Estamos conversando com nossos parceiros e aliados europeus para que considerem, de forma coordenada, a ideia de proibir a importação de petróleo russo e, ao mesmo tempo, garantir que tenhamos oferta suficiente de petróleo nos mercados mundiais”, disse Blinken durante uma entrevista ao canal CNN durante uma viagem à Europa.
Os senadores americanos, tanto republicanos como democratas, apresentaram um projeto de lei para proibir tais importações. O presidente Joe Biden afirmou que “não descarta nada”. As discussões sobre o possível impacto da proibição das importações americanas de petróleo russo estão ocorrendo dentro do governo Biden e com a indústria de petróleo e gás dos EUA, disseram pessoas familiarizadas com o assunto na semana passada.
O senador democrata Joe Manchin, que faz parte de um grupo bipartidário de legisladores que apoiam um projeto de lei para impor a restrição, sugeriu no domingo que os EUA sigam sozinhos. “Acho que é basicamente tolice continuarmos comprando produtos e dando lucro e dando dinheiro a Putin para poder usar contra o povo ucraniano”, disse Manchin à NBC, apontando para o que ele disse serem recursos inexplorados no setor de energia nos EUA. “Então por que não lideramos? Por que não mostraríamos a determinação que temos?”
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Casa Branca impôs sanções às exportações de tecnologias para as refinarias russas e para o gasoduto Nord Stream 2, que nunca foi lançado. Até agora, não conseguiu atingir as exportações de petróleo e gás da Rússia. O petróleo russo representou cerca de 3% de todos os embarques de petróleo que chegaram aos EUA no ano passado.