Domingo, 21 de dezembro de 2025

Estados Unidos terão de assumir custo político mundial com veto à resolução do Brasil na ONU

A avaliação inicial do governo brasileiro é que os Estados Unidos terão de assumir um custo político mundial pelo veto à resolução do Brasil pedindo um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas. E que o governo norte-americano acabou optando por falar em defesa de Israel e do seu público interno, mirando as eleições presidenciais no próximo ano.

Com o veto, os Estados Unidos vão ser criticados, cobrados e podem ser responsabilizados caso o conflito na região se agrave e inclua outros países, como Irã.

Ou seja, o presidente Joe Biden decidiu assumir um eventual custo político mundial, se posicionando ao lado de Israel e contra o terrorismo, na busca por reforçar apoio político internamente nos Estados Unidos.

Já o Brasil avalia que cumpriu seu papel, costurou uma resolução com amplo apoio e ganhou respeito de vários pares. Mas ficou um gosto de decepção com um veto vindo exatamente dos Estados Unidos.

O governo americano alegou que a resolução não incluiu um ponto dizendo que Israel tem direito a reagir ao ataque terrorista do Hamas.

No entanto, segundo avaliação de assessores presidenciais, essa reação já está acontecendo, e acabou ganhando uma dimensão desproporcional em relação ao ataque sofrido por Israel e seus cidadãos.

A resolução recebeu 12 votos a favor, duas abstenções (Reino Unido e Rússia) e um voto contra, dos Estados Unidos. No entanto, como os EUA têm poder de veto, o texto costurado pela diplomacia brasileira acabou impedido.

Para tentar compensar o veto, o presidente Joe Biden anunciou, em Israel, uma ajuda humanitária de US$ 100 milhões para civis na Faixa de Gaza, deixando claro que esses recursos não poderão contemplar integrantes do Hamas.

Em sua fala, Biden fez questão de dizer que o Hamas não representa os palestinos, que estariam sendo usados como escudo humano pelo grupo terrorista.

Agora, segundo o Brasil, os Estados Unidos ficam na obrigação de pressionar Israel a parar bombardeios pelo menos na região Sul da Faixa de Gaza, permitindo a entrada de ajuda humanitária e a saída de estrangeiros da área.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse durante discurso em Tel Aviv que as atitudes do Hamas durante o dia 7 de outubro lembram os piores ataques do Estado Islâmico.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

O que é a Jihad Islâmica, acusada por Israel de bombardear hospital em Gaza
Com veto dos Estados Unidos, Conselho de Segurança da ONU barra texto do Brasil sobre guerra entre Hamas e Israel
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play