Segunda-feira, 21 de julho de 2025

Estrangeiros já retiraram R$ 4,1 bilhões da Bolsa Brasileira em julho

Os investidores estrangeiros, que são responsáveis por 58% do total negociado na Bolsa brasileira, já retiraram R$ 4,13 bilhões da B3 na parcial de julho até o dia 16, segundo dados compilados pela bolsa. A saída representa o pior desempenho mensal do capital externo em 2025 até agora, revertendo o otimismo observado em maio e junho.

O maior movimento de retirada ocorreu no dia 15 de julho, com uma saída líquida de R$ 1,07 bilhão — a mais expressiva registrada no mês.

Apesar da saída acentuada de capital, o Ibovespa não acabou sentindo o impacto tão forte. No mesmo dia, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com leve queda de 0,04%, aos 135.250,10 pontos.

A saída de recursos pressiona o câmbio, reduz a liquidez da Bolsa e pode elevar o custo de financiamento para as empresas brasileiras. Entre os dias 7 e 15 de julho, o Ibovespa acumulou sete quedas consecutivas, refletindo o aumento da aversão ao risco.

Com isso, embora julho tenha sido negativo, o saldo acumulado do ano ainda permanece positivo em R$ 26,3 bilhões, sustentado principalmente pelos aportes de R$ 10,6 bilhões em maio e R$ 5,4 bilhões em junho.

Confira os saldos mensais:

Janeiro R$ 6,824 bilhões
Fevereiro R$ 699,3 milhões
Março R$ 3,462 bilhões
Abril -R$ 133,6 milhões
Maio R$ 10,662 bilhões
Junho R$ 5,390 bilhões
Julho* -R$ 570,9 milhões

* Dado até dia 16 de julho

A reversão no fluxo de estrangeiros acende o alerta para a confiança no mercado brasileiro. A piora coincide com a escalada de incertezas fiscais e políticas, além da repercussão negativa sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros.

Confira os saldos anuais:

2025* R$ 26,3 bilhões
2024 -R$ 24,2 bilhões
2023 R$ 56,0 bilhões
2022 R$ 119,8 bilhões
2021 R$ 41,5 bilhões
2020 R$ 701,2 milhões
2019 -R$ 6,5 bilhões
2018 -R$ 4,8 bilhões
2017 R$ 39,6 bilhões
2016 R$ 19,5 bilhões

* Dado acumulado até julho

Bolsa brasileira cai com temores de ofensiva comercial de Trump

O mercado financeiro brasileiro reagiu com turbulência nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, impulsionado pelo receio de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifique as retaliações econômicas contra o Brasil. O índice Ibovespa, da B3, fechou no menor nível em quase três meses, enquanto o dólar se aproximou de R$ 5,60. As oscilações ocorreram no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Ibovespa encerrou o pregão em 133.382 pontos, registrando queda de 1,61%. Esse patamar é o mais baixo desde 23 de abril, consolidando um recuo semanal de 2,06%. Em julho, a bolsa brasileira acumula uma queda de 3,94%, apesar de um avanço de 10,89% no acumulado de 2025.

No mercado de câmbio, a tensão também foi evidente. O dólar comercial fechou a sexta-feira cotado a R$ 5,587, com alta de R$ 0,041 (+0,73%). Embora tenha chegado a cair para R$ 5,52 pela manhã, a moeda norte-americana recuperou valor durante a tarde, atingindo R$ 5,59 e encerrando o dia em sua maior cotação desde 4 de junho. O dólar subiu 0,72% na semana e acumula alta de 2,82% em julho, mesmo com uma queda de 9,59% no ano.

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