Quinta-feira, 02 de outubro de 2025

Estudante brasileiro de medicina é identificado por amigos após ser encontrado morto na fronteira com o Paraguai

O homem encontrado morto na manhã de domingo (16), em uma estrada de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que fica na fronteira com o Brasil, foi identificado como o estudante de medicina no Paraguai, Anderson Hugo Pereira Félix, de 29 anos. A vítima foi reconhecida por colegas do curso de medicina da Universidade Autônoma San Sebastian (UASS), informou a Polícia Civil do Brasil.

Segundo a polícia, o homem estava com uma pulseira de uma festa realizada em uma casa noturna de Ponta Porã, cidade vizinha a Pedro Juan Caballero. Nas redes sociais, horas antes do crime, o jovem havia postado registros com amigos na suposta festa.

De acordo com o exame necroscópico, a vítima morreu em decorrência de uma trauma cranioencefálico, produzido por um objeto contundente. O homem não apresentava outros ferimentos, aponta o exame.

O corpo da vítima foi encontrado em uma estrada, bem próximo a uma grande pedra. Até o momento, não há informações sobre suspeitos do crime.

O rapaz era natural da Paraíba. O caso será investigado no Paraguai, com a colaboração da Polícia Civil do Brasil.

Anderson Hugo estava no país há apenas dois meses. Ele era paraibano, natural da cidade de Tavares, no Sertão. De acordo com a cunhada dele, Rayanne Adele Pereira, ele começou o curso à distância por conta da pandemia do coronavírus, e no dia 4 agosto se mudou para o Paraguai para iniciar o curso presencialmente na Universidade Autônoma San Sebastian (UASS).

Antes de ir para o Paraguai, o estudante morava em Tavares, onde trabalhava como enfermeiro em um hospital municipal. Ele atuou na linha de frente da covid até precisar ir para o país vizinho continuar o curso de forma presencial.

“O sonho da vida dele era essa faculdade de medicina. Não é à toa que ele deixou tudo, deixou emprego para trás, família, para ir em busca dos sonhos dele. Ele dizia que tudo que estava fazendo era por Benício, sobrinho dele, meu filho, e que daria uma vida de qualidade a ele”, conta Rayanne.

A rotina de Anderson Hugo no Paraguai era de muito estudo. Segundo a cunhada, o jovem não tinha tempo para fazer outras coisas. “Mas como ele mesmo falava, para distrair a mente, às vezes saía com os amigos para beber, dançar”, conta.

Rayanne conta que o cunhado era uma pessoa “extraordinária”, um enfermeiro competente e uma pessoa extrovertida, muito fácil de fazer amizades. “Mas era muito ingênuo, a gente até reclamava com ele que não podia confiar demais nas pessoas. Era a alegria em pessoa, coração gigantesco”, descreve.

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