Sábado, 26 de abril de 2025

Eu não tenho o compromisso de ter uma família perfeita, diz Edson Celulari

Na novela Fuzuê, na faixa das sete na Globo, Edson Celulari, 65, interpreta Nero, um paizão. Na vida real, ele se identifica com o lado agregador e ligado à família de seu personagem. Apesar de compartilhar vídeos e fotos cheias de ternura nas redes sociais ao lado de sua filha Chiara, de um ano de idade, e sua mulher Karen Roepke, Celulari afirma: “Eu não tenho o compromisso de ter uma família perfeita”.

Em tempos de celebração e de afeto, a época de Natal também tem potencial para gerar confusões e brigas. Celulari está ciente disso: “Os parentes têm suas questões e diferenças, e é exatamente aí que reside a beleza desses encontros”. Ele é pai também de Enzo e Sophia, de seu relacionamento anterior com Cláudia Raia.

O ator estará no cinema a partir de 25 de janeiro, encarnando um anjo mensageiro no filme Nosso Lar 2.

A reta final sempre traz consigo uma expectativa dos eventos decisivos. Recebi o convite para atuar em Fuzuê depois da pandemia, com um vínculo diferente com a TV Globo, após 42 anos de contrato fixo. Durante esse tempo, também me envolvi em outros projetos e conteúdos em diferentes mídias, o que torna esse momento muito interessante.

Confira os principais pontos da entrevista com o ator.

1. O que você tem em comum e o que diferencia você do personagem Nero? Acredito que tanto eu quanto Nero somos pessoas agregadoras e familiares. Ambos temos um amor pelo próximo. No entanto, Nero é extremamente impulsivo, o que não sou tanto.

2. Você possui filhos de dois casamentos, como concilia todos esses afetos? Não tenho o compromisso de ter uma família perfeita. Cada pessoa tem sua forma de vivenciar o conceito de família. Há uma frase engraçada que a Bibi Ferreira dizia: “Adoro a minha família pendurada na parede em uma fotografia”. Tem também aquele filme italiano maravilhoso, Parente é Serpente, que retrata um Natal em Nápoles com encontros familiares marcados por brigas e confusões. Não existe família perfeita. Os parentes têm suas questões e diferenças, e é exatamente aí que reside a beleza desses encontros. Portanto, não há um compromisso em ser ideal. Minha história com Cláudia Raia é ótima, temos filhos juntos e vivemos 17 anos em uma relação maravilhosa. Quando terminou, sempre achei estranho quando ouvia alguém dizer “não deu certo”, porque, poxa, 17 anos é uma prova de que deu muito certo

3. A cobrança por audiência acaba atrapalhando o trabalho do ator? Não se pode simplesmente focar nos números. A análise da repercussão do público em Fuzuê foi maravilhosa. Os personagens foram bem aceitos, inclusive o próprio Nero. Não acompanho esses números e não me deixo envolver nessa febre, isso seria como acompanhar a bolsa de valores o dia todo, o que não desejo para mim.

4. Como é interpretar um anjo em “Nosso Lar 2″? Embora eu não seja espírita e tenha formação católica, conheço um pouco do espiritismo e sua filosofia. Quando recebi o convite para o filme, fiquei feliz, pois é uma continuação de um longa que teve um excelente resultado de público, com mais de 4 milhões de espectadores nos cinemas e quase 40 a 50 milhões na plataforma de streaming. É uma obra que fala de amor e perdão. Meu personagem é um mensageiro que desce à Terra para ajudar pessoas em processo de evolução, auxiliando-as a compreender sua carga, seu propósito nesta encarnação.

5. Como avalia as dificuldades na produção de filmes no Brasil? Após a pandemia, o retorno do público aos cinemas tem sido lento. Estamos trabalhando para resgatar essa experiência de sair de casa e ir ao cinema, compartilhando coletivamente o conteúdo do filme em uma sala escura. No cinema nacional, os números são um tanto preocupantes e acredito que seja necessário um melhor trabalho de divulgação e luta por cota de telas, pois houve uma desvalorização do setor cultural no governo anterior, o que foi triste e cruel. Agora, há uma retomada, mas isso leva tempo.

6. Sobre boa forma, você se cobra em relação a fazer exercícios físicos? Procuro me exercitar três vezes por semana, mas quando não é possível, faço duas vezes, e se não der, faço apenas uma. Esse hábito de malhar é algo que mantenho há muitos anos. Passei por um susto com um diagnóstico de câncer, mas consegui superar. Desde então, passei a ter uma alimentação mais saudável.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Variedades

Praias de nudismo em Santa Catarina: onde estão, como chegar e quais as regras para quem frequenta
Descubra o banho de ervas perfeito para você em 2024
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play