Terça-feira, 19 de agosto de 2025

Exame de DNA passa a substituir papanicolau no SUS

O Ministério da Saúde iniciou a distribuição gradual do exame DNA-HPV, que deve substituir progressivamente no Brasil a realização do papanicolau para o rastreamento do câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde (SUS).

O teste feito com a secreção do colo do útero avalia 14 tipos do papilomavírus humano (HPV) que são mais cancerígenos. Ele será o teste primário e o papanicolau ficará restrito à confirmação de casos positivos.

O que é o HPV?

A infecção por papilomavírus humano (HPV) é uma das mais incidentes.
Ela leva ao aparecimento de lesões na pele dos órgãos genitais de homens e mulheres.
A textura dessas alterações pode ser suave ou rugosa, com coloração que varia de acordo com o tom de pele. Elas não causam dor, mas são contagiosas.
Os sintomas podem ser silenciosos. A melhor forma de prevenção do HPV é se vacinar.

A substituição começa a ser feita em um município de cada estado selecionado: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e o Distrito Federal.

A meta é que, até dezembro de 2026, o novo rastreio esteja presente na rede pública em todo o território nacional, beneficiando 7 milhões de mulheres com idades entre 25 e 64 anos anualmente.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, graças à estrutura do SUS a implantação no Brasil será mais rápida do que a feita em outros países que adotam o teste, como Reino Unido, Espanha e Portugal, que levaram três anos para difundi-lo nacionalmente.

“Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Com diagnóstico mais rápido e tratamento precoce, podemos salvar muitas vidas”, disse o ministro na sexta-feira, durante o lançamento da iniciativa no Recife.

Como funciona o teste de DNA?

A coleta continua semelhante à do exame anterior, com retirada de secreção do colo do útero. A diferença é que o material não vai mais para lâmina, mas para um tubo com líquido conservante, enviado a laboratórios para análise do DNA viral.

Segundo a pasta, a tecnologia permite identificar o vírus antes do surgimento de lesões. Isso amplia a chance de diagnóstico precoce e reduz a necessidade de intervenções desnecessárias, com intervalo maior entre exames em pacientes sem presença do HPV. Com resultado negativo, a mulher poderá repetir a coleta apenas a cada cinco anos.

O método foi desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A decisão de incorporar a tecnologia ao SUS foi tomada após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que considerou o DNA-HPV mais preciso que o papanicolau tradicional, o que justifica o investimento.

Estudos mostram que a detecção precoce pode ocorrer até 10 anos antes do surgimento de lesões identificáveis no papanicolau. Essa diferença aumenta a chance de tratamento e reduz a mortalidade associada à doença. Com informações do portal Metrópoles.

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