Quarta-feira, 21 de maio de 2025

Exame descarta caso suspeito de gripe aviária em funcionário de granja em Montenegro

Instituição de referência nacional para exames relativos a vírus causadores de problemas respiratórios, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) descartou nessa terça-feira (20) a ocorrência de gripe aviária em humano no município gaúcho de Montenegro (Vale do Caí). A conclusão foi possível mediante exames em um funcionário de granja local onde recentemente foi identificado foco da doença.

Indivíduos com sintomas gripais após contato com animais infectados têm sido monitorados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) desde a semana passada. O motivo é a confirmação de casos de influenza aviária na propriedade agropecuária e também no Zoológico de Sapucaia do Sul (Região Metropolitana de Porto Alegre), fechado desde então.

No foco da medida está a identificação de sinais compatíveis com a definição de caso suspeito, conforme os protocolos de vigilância sanitária para esse tipo de situação. Também foi anunciado o cancelamento de torneios e eventos de aves em todo o território do Rio Grande do Sul.

De acordo com a SES, o exame realizado pela Fiocruz utilizou o método de PCR, que analisa o material genético presente na amostra coletada – de forma similar a um dos testes aplicados a possíveis casos de covid. Também foram feitas análises para outros vírus respiratórios, como o da gripe (influenza) e do próprio coronavírus, todos com resultados não detectáveis.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça que o risco de infecção por influenza aviária em humanos é considerado baixo. A transmissão ocorre predominantemente em pessoas com contato próximo e frequente com aves ou mamíferos infectados, vivos ou mortos.

“A doença não é transmitida pelo consumo de alimentos bem cozidos ou preparados adequadamente, e a transmissão entre pessoas é extremamente limitada”, acrescenta.

Entenda

Os casos recentemente constatados na granja e no zoológico são os primeiros da doença em aves comerciais no Brasil. Em âmbito global, o vírus circula desde 2006, principalmente na Ásia, África e Norte da Europa. O Brasil vinha conseguindo evitar a entrada da enfermidade na avicultura comercial ao longo desses 20 anos.

Logo após a confirmação, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária por 60 dias em Montenegro, no perímetro de 10 quilômetros do local onde houve a detecção. A abrangência da área pode ser ampliada ou reduzida, de acordo com o andamento das investigações epidemiológicas e dos trabalhos de vigilância zoossanitária.

(Marcello Campos)

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