Domingo, 07 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de setembro de 2025
A disputa pelo freio de ouro 2025 ocorreu nesse sábado (6), na Pista da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), na Expointer. Uma das mais tradicionais provas do cavalo crioulo e uma das mais esperadas da Expointer, a disputa contou com a participação de 96 conjuntos inscritos, sendo 48 fêmeas e 48 machos. O público acompanhou de perto toda a competição.
Bi-grande Campeã da Exposição do Prado, a fêmea gateada Índia Envenenada Del Chamame (Box 25) somou 20.770 pontos e levou o Freio de Ouro 2025 para o Uruguai, em uma tarde de arquibancadas lotadas e torcida animada, na Expointer.
A égua “doble chapa” é filha de Basco Veneno e Indiecita Del Chamame e foi credenciada para a final em terras gaúchas, quando assegurou o Bocal de Bronze, na mesma pista onde correu, no sábado, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Conduzida pelo ginete Gabriel Viola Marty, ela convenceu tanto pela excelência morfológica, quanto pela aptidão para o serviço de campo. “É uma égua extremamente linda, muito boa na morfologia e na função, que é o que se busca: um cavalo lindo e bom. Ela foi perfeita. Brilhou”, disse o expositor Martin Gurmendez Marquez, que, ao lado do irmão Tomas Marquez, conduz a Cabanha El Chamame, na cidade de Florida. Emocionado, o ginete declarou seu amor à égua: “Hoje, ela foi espetacular e ganhou com sobra”, disse o detentor de sete Freios de Ouro.
Pontuando sempre entre os primeiros colocados nos resultados parciais, a égua iniciou em quinto lugar na Morfologia, depois avançou para a segunda colocação nas provas de Andaduras/Figura/VSP/Esbarradas; primeiro lugar na Mangueira I e quinto no Campo.
Nesse sábado, abriu a final com o primeiro lugar na Mangueira II, vencendo também Bayard e Campo II. “Foi merecida porque é muito bonita e fez provas muito boas. Houve um nível muito equilibrado, especialmente entre as fêmeas”, referendou o jurado Rodrigo Díaz de Vivar, responsável por determinar as notas entre as fêmeas, juntamente com Mário dos Santos Suñe e Telmo de Oliveira Peixoto.
Harmonia do Açungui (Box 38) garantiu o Freio de Prata com 20.229 pontos. O expositor é Guilherme Wendler da Cabanha Açungui, da cidade de Balsa Nova (PR). A colorada salina carrega a genética do pai Real Invido do Purunã e da mãe, Suntuosa do Purunã, e foi conduzida pelo ginete Fabrício Brunelli Barbosa. O Paraná também conquistou o Freio de Bronze. A colorada douradilha Belle Que Bela (Box 08) somou 20.215 pontos e integra o plantel da criadora e expositora Elizabeth Lemanski, da fazenda Paraíso, de Balsa Nova (PR).
O Freio de Alpaca foi para Santa Vitória do Palmar (RS) com Oferenda da Tamanca (Box 32). A douradilha somou 20.179 pontos e tem Chicão de Santa Odessa como pai e Campana Tarimbera como mãe. Montada por Ricardo Gigena Wrege e exposta por Lauro Cardoso Terra e Filhos, da Estância Tamanca.
Entre os machos, Ópio da Baraúna (Box 56) fez uma campanha ascendente até a conquista do Freio de Ouro, provando que o coração de crioulista é forte. Atual Bocal de Ouro, é inédito no final do Freio, onde somou 20.218 pontos.
O Freio de Prata foi para Campana Echo a Mano (box 91). O cavalo zaino montado por Tomaz Marques Gonçalves e exposto por André Rodigheri, da Cabanha Rodigheri, de Osório (RS), somou 20,183 pontos. O colorado Justiceiro 111 do Imaguare (Box 86) ficou com o Freio de Bronze.
“O Freio de Ouro é mais do que uma competição, ele é um símbolo da identidade gaúcha. Com a arena lotada, celebramos o cavalo crioulo, orgulho do nosso Estado e patrimônio da nossa cultura. Na Expointer, mostramos ao Brasil e ao mundo que as raízes do Rio Grande seguem vivas e cada vez mais fortes”, destacou o vice-governador, Gabriel Souza.