Quarta-feira, 30 de julho de 2025

Exposição em Paris mostra trabalhos visuais do autor de “O Pequeno Príncipe”

Uma exposição de Paris está mostrando os manuscritos da obra “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry pela primeira vez em sua terra natal, a França, ao lado de dezenas de gravuras que mostram os talentos do autor como ilustrador.

O manuscrito em língua francesa de “Le Petit Prince”, um dos livros mais amplamente traduzidos do mundo, é pertencente à Biblioteca e Museu Morgan em Nova York, onde Saint-Exupery escreveu o livro em 1942.

A mostra também inclui aquarelas e desenhos, assim como fotos e trechos de correspondências que mostram que Saint-Exupéry foi um artista gráfico sagaz, com um gosto especial por traços simples.

“É tocante ver como Saint-Exupéry precisava desenhar para se expressar. Ele é conhecido como escritor e aviador, mas aqui também o descobrimos como ilustrador”, diz Anne Monier Vanryb, curadora do Museu de Artes Decorativas de Paris.

A exposição mostra rascunhos do pequeno príncipe com um cachorro, um periquito, e um caramujo, ao invés da personagem raposa da história, além dos desenhos originais dos personagens do livro.

As cartas à sua mãe mostram Saint-Exupéry pedindo sua opinião sobre os desenhos, e expressando dúvidas sobre se eles seriam bons o bastante.

“Saint-Exupéry estava muito orgulhoso do fato de que a folha de rosto do livro especificava que as ilustrações eram do autor, já que sentia que era um feito ter conseguido ilustrar a obra ele mesmo”, diz Monier Vanryb.

A exposição “Encontro com o Pequeno Príncipe”, que estará aberta até 26 de junho, é formada por diversos objetos do escritor e aviador.

História

O conto foi escrito em 1942 nos Estados Unidos, em Nova York e em Asharoken, uma cidade costeira de Long Island (nordeste).

Quando, em abril de 1943, Saint-Exupéry deixou os Estados Unidos para combater as tropas nazistas, deu o manuscrito à sua companheira, a jornalista Sylvia Hamilton, que o vendeu à Morgan Library & Museum de Nova York 25 anos depois.

Esse museu emprestou algumas das folhas mais importantes desse tesouro literário, incluindo as aquarelas originais, pintadas pelo próprio Saint-Exupéry, que representam o asteroide do Pequeno Príncipe – que é a capa do livro – e outra na qual o Pequeno Príncipe aparece com seu longo casaco vermelho.

A mostra capta toda a profundidade da inspiração que levou a esta obra-prima, desde a infância de Saint-Exupéry e uma carta escrita para aquela que mais tarde seria sua esposa, Consuelo, em 1930, na qual ele menciona “um menino que descobriu um tesouro” e “tornou-se melancólico”, até os esboços em que moldou o herói.

O aviador, desaparecido durante uma missão no mar Mediterrâneo em julho de 1944, não viveu para ver o sucesso planetário de sua obra.

Mas, no fim de sua vida, na qual o livro havia sido editado apenas nos Estados Unidos, em inglês e francês, “a personagem e o autor acabaram se confundindo”, explicou a curadora da exposição, Anne Monier-Vanryb.

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