Segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Exposição fotográfica ressalta o protagonismo das pessoas negras na formação de Porto Alegre

Até o dia 8 de outubro, o piso superior do Mercado Público da capital gaúcha recebe a exposição “A Força da Memória”, que celebra os 20 anos do livro “Negro em Preto e Branco – História Fotográfica da População Negra de Porto Alegre”, de Irene Santos. São imagens garimpadas em acervos públicos ou particulares e que, combinadas a textos de intelectuais e personalidades, ressaltam o protagonismo afrogaúcho na formação da cidade.

Durante o período da mostra, são promovidas mediações diárias (10h às 16h) por equipe preparada para dialogar com o público e apresentar o caráter reparador e vibrante da obra. O espaço expositivo é itinerante e, em breve, será levado a outros espaços positivos, sempre com entrada gratuita.

O conteúdo remonta a uma publicação lançada em 2005 por meio do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultura (Fumproarte). Albuns de família, lembranças coletivas e a força da fotografia atuam como ferramenta de reparação e valorização da memória, fazendo do livro uma obra de referência na documentação da história negra na cidade.

“Negro em Preto e Branco” teve a sua tiragem esgotada pouco tempo após seu lançamento. Para encontrá-lo, somente em sebos e bibliotecas. Há planos, inclusive, para uma nova edição, atendendo assim a uma demanda que se mantém constante.

Nas palavras da autora, que atua como fotógrafa, artista gráfica e pesquisadora, trata-se de “um convite ao público para que mergulhe afetivamente em territórios, rostos e histórias que constituem a capital gaúcha”. Como afirma o teórico, professor e artista belga Philipe Doubis, trata-se de “um caminho que provoca, valoriza e repara através da imagem, baseado no princípio de distância e aproximação, com um olhar ético e autêntico”.

Saiba mais

O projeto de uma exposição nasceu do trabalho da produtora e documentarista Lizandra Moraes, a partir de um estudo da política educacional do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que propõe o ambiente como uma espécie de “terceiro educador”. A concepção conta ainda com o apoio do Ponto de Cultura Terra de Bambas, onde o artista Sílvio Oliveira materializa o projeto arquitetônico que dá corpo à exposição.

Por meio da Lei Aldir Blanc, o Ministério da Cultura é patrocinador do evento. Já a prefeitura de Porto Alegre consta como apoiadora, por meio do edital Pnab-POA de Fomento/2024.

(Marcello Campos)

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