Sábado, 07 de junho de 2025

Fabio Assunção: “Não luto contra o tempo, maturidade me traz os pés no chão”

Fabio Assunção começa a entrevista dizendo que está em um momento de sua vida de muita maturidade, refletida no mais recente papel da TV Globo, como o vilão Juliano em Garota do Momento. Aos 53 anos de idade, ele se define aliado do tempo, como alguém que passou a se entender mais sereno – e despido de vaidade quando o assunto é praticar a dramaturgia.

“Não luto contra o tempo, gosto do tempo. Acho que o tempo é o nosso favor. Quando você se machuca, você precisa se recuperar, você dá as mãos ao tempo. A gente fica de mãos dadas com o tempo. Quando quero amadurecer como ator, quero amadurecer como pessoa, também estou agarrado com o tempo”, reflete.

“Acho que a maturidade é um presente. Me trouxe os pés no chão, me traz paciência, me ensina a ficar em silêncio, escutar mais”, avalia o pai de João Assunção, 22, com Priscila Borgonovi, de Ella Felipa, 14, com Karina Tavares, e Alana, 4, com Ana Verena.

O ator demonstra desapego ao título de galã, que não impediu a variedade de personagens em novelas, séries, filmes e peças teatrais. “Acho difícil ter um ambiente mais propício a se libertar da vaidade e do ego do que a arte. Aí você vai falar que trabalho com a imagem. Mas, anterior à imagem, tem o meu estar em cena, tem minha troca com as pessoas, não só quem está em cena, mas com quem está assistindo”, afirma.

Em cartaz no Rio com Férias, ao lado de Drica Moraes, sobre um casal maduro que celebra 25 anos de casamento em um navio pelo Caribe, ele fala da importância da liberdade no processo de criação de um intérprete. “A vaidade é uma forma de engessar em alguma coisa que não tem o menor sentido, porque a arte é uma grande libertação. Estou em cartaz com a Drica. Cada dia que a gente entra em cera para fazer a peça é uma grande libertação”.

Na reta final do folhetim das seis, ele se divide entre as gravações nos Estúdios Globo e os palcos aos finais de semana. “Gravo de segunda a sexta, faço a peça sábado e domingos. Tenho o dia de sábado livre, posso chegar três horas antes no teatro. Tenho duas sessões sábado e uma domingo. A gente está sempre com a casa cheia, é impressionante, as pessoas saem felizes, é uma comédia, as pessoas dão risada. É uma delícia”, detalha.

Sobre a vida após a novela, que encerra ao final de junho, Fabio tem um filme engatilhado pela frente e seguirá firme nos palcos com a amiga. “Tem um filme que eu vou fazer a partir de julho, que ainda não posso falar, porque a gente está em período de negociação, mas praticamente fechado. Eu e Drica vamos seguir com a peça, fizemos São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, estamos fazendo Rio. Vamos seguir com ela”, conta.

Questionado sobre um papel que ainda gostaria de assumir em cena, Fabio garante que mira esse desejo justamente no próximo trabalho sem poder adiantar nenhum detalhe ainda. “É um projeto que eu vou fazer”.

Outra novidade é que voltar a ser universitário de Ciências Sociais, na PUC-SP, iniciado em 2023, também está em seus planos. Mas só a partir do ano que vem. “Pretendo voltar sim. Não conseguirei agora, porque estou com trabalho até novembro. Mas seguirei estudando”, garante.

A definição de sucesso para Fabio é a realização profissional constante. “O sucesso é visto de várias formas. O sucesso para mim é estar realizado com aquilo que eu estou fazendo. Isso para mim, mais do que uma resposta externa, mais do que qualquer outra coisa, é sair para gravar, voltar e me sentir realizado”.

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