Terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 7 de abril de 2022
Destaque como técnica do The Voice +, que encerrou no domingo (03), Fafá de Belém, de 65 anos, vê no programa uma oportunidade de reverenciar os talentos da sua faixa etária, que segundo ela, têm muito pouco espaço na televisão. “O Brasil é um país que despreza pessoas a partir dos 50. O envelhecer aqui é sinônimo de ser jogado fora”, lamenta.
Ao lado de Ludmilla, Carlinhos Brown e Toni Garrido, ela não escondeu sua emoção com as performances do reality musical. “Quem deu aula são eles. Nós estávamos lá tendo a honra de admirar essas pessoas com mais de 60 anos, que tiveram a coragem de romper preconceitos, tabus, quebrar barreiras, limites impostos a eles”, avalia ela, que não tem problema com a maturidade.
“Nunca sei que idade eu tenho. Acordo com 10, 15 anos, às vezes, muito velha, ou com uma idade que não consigo classificar. A idade nunca foi preocupação minha. Onde a idade pesa? Na reflexão. Os valores ficam mais apurados. A liberdade é maior. Então, acho que ela não pesa. Ela traz uma leveza, uma delicadeza e uma segurança. Quando somos jovens, pisamos muito em ovos. A maturidade lhe traz uma solidez, que eu acho que é fundamental. Adoro minha vida. Tenho orgulho de cada passo, cada momento que eu vivi”, orgulha-se.
Com as madeixas completamente brancas, Fafá contou como deixou de tingir o cabelo. “Meu cabelo expulsa a tinta muito rápido. Era um saco ficar com aquela tinta, parecendo cabelo mal pintado. Era horrível. Aí, comecei a perceber as mulheres na Europa com os cabelos brancos. Quis começar a usar, mas encontrei uma resistência no meu entorno, nas pessoas que cuidavam de mim. Quando veio a pandemia, tive que deixar um pouco o cabelo grisalho para um filme da Thalita Rebouças que eu fiz. Queriam que eu usasse uma peruca e eu falei que não. E comecei a tirar a tinta do meu cabelo desde então”, relata.