Sábado, 21 de junho de 2025

Falência múltipla dos órgãos: entenda a causa da morte de Francisco Cuoco

O ator Francisco Cuoco morreu na quinta-feira (19), aos 91 anos, por falência múltipla dos órgãos. A causa da morte do artista, que estava há 20 dias internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, foi confirmada pela família e assessoria de imprensa.

A Síndrome da Falência de Múltiplos Órgãos (SFMO) se caracteriza pela deterioração aguda de dois ou mais órgãos, que acabam perdendo sua função e levando a um choque séptico, segundo o Ministério da Saúde.

Ainda segundo o Ministério, o paciente acometido de choque séptico apresenta queda abrupta de pressão arterial, reduzindo a oxigenação dos órgãos que acabam entrando em falência progressiva. A degradação gradativa dos órgãos levam a um desequilíbrio funcional que pode se tornar irreversível.

No Brasil, ela afeta cerca de 25% dos pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), o número de órgãos comprometidos aumenta a chance de morte. Se dois órgãos são comprometidos, a mortalidade é de 60%. Se a falência é de três órgãos, a taxa sobe para 85% e no caso de quatro órgãos ou mais é de 100%.

A sepse (choque séptico) é a causa mais comum para a síndrome, mas ela também pode ser desencadeada por infecções generalizadas, traumas queimaduras, pancreatite, síndromes de aspiração, doenças autoimunes, eclâmpsia e envenenamento. Segundo o Ministério da Saúde, essa foi uma das causas relevantes de óbitos no Brasil durante a pandemia de covid-19.

Principais características

A falência múltipla de órgãos normalmente acontece depois um hiato variável de tempo em relação à sua causa original, durante o qual há aparente estabilidade do paciente. Logo em seguida, ela surge de maneira progressiva. A degradação gradativa dos diversos sistemas ocorre à medida que os vários órgãos entram em desequilíbrio funcional.

Os pulmões, os rins, o estômago e o fígado são os órgãos mais afetados, além de lesões cardíacas pós-traumáticas, cerebrais pós-traumáticas, glandulares e intestinais; também alterações do perfil de imunidade e de coagulação.

O diagnóstico é feito pela avaliação de sintomas clínicos e do resultado de exames físicos e laboratoriais que apresentam, por exemplo, frequência cardíaca acima de 90 batimentos por minuto e aumento ou redução significativa de leucócitos (células brancas) no sangue.

Devido à gravidade da deterioração multiorgânica, a síndrome está vinculada à elevada morbidade e mortalidade. O índice de letalidade sobe de 60%, quando dois órgãos estão comprometidos, para 85% com o comprometimento de três órgãos, e passa a 100%, quando há falência de quatro órgãos ou mais.

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