Terça-feira, 04 de novembro de 2025

Familiares querem processar o Estado por morte de gaúcha absolvida após seis anos de prisão

Um processo reparatório contra o poder público. Esse é o plano dos familiares da gaúcha Damaris Vitória Kremer da Rosa, morta por um câncer de útero aos 26 anos, no final de outubro, menos de três meses após ser absolvida da acusação de coautoria em um homicídio no Noroeste Gaúcha. Ela havia manifestado sintomas da doença durante os seis anos em que permaneceu sob prisão preventiva, à espera de julgamento.

Em entrevista ao site G1, a advogada da família informou estar alinhavando com os pais de Damaris os detalhes da ação, com foco no pagamento de indenização. O alvo é o governo gaúcho, embora a tramitação do caso tenha envolvido três instituições: Polícia Civil, Ministério Público e Judiciário do Rio Grande do Sul.

Entenda

Após passar seis dos seus 26 anos encarcerada por um homicídio do qual acabou absolvida por falta de provas, Damaris faleceu nao balneário de Arroio do Silva (Litoral Sul catarinense) no dia 26 de outubro. Ela lutava contra um câncer de colo do útero, doença da qual relatava sintomas durante o período em que ficou presa preventivamente – sua defesa tentou por diversas vezes a soltura por motivos de saúde, mas não conseguiu convencer as autoridades.

O caso remonta ao final de novembro de 2018, no município de Salto do Jacuí (Noroeste do Estado). Após saber que então jovem de 19 anos teria sido vítima de um estupro, o namorado dela teria recorrido a um conhecido para fazerem justiça com as próprias mãos, dias após o incidente. O suposto abusador foi então morto a tiros e teve o corpo incinerado dentro de um automóvel, na mesma cidade.

Em julho de 2019, a Polícia Civil indiciou o trio pela execução – os investigados sempre negaram envolvimento. A denúncia formulada pelo Ministério Público foi aceita pela Justiça e Damaris foi presa preventivamente em agosto daquele ano, assim permanecendo em diferentes instituições penitenciárias do Interior gaúcho até abril de 2025, quando obteve o benefício da prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, na residência da mãe em Santa Catarina.

O caso foi finalmente levado ao tribunal em agosto passado, tendo como desfecho a condenação do namorado. Damaris e o outro réu foram inocentados por falta de provas que os ligassem ao crime.

Durante o período atrás das grades, a defesa que a prisão fosse revogada porque Damaris passou a apresentar sangramento vaginal e dor na região pélvica. Mas as solicitações foram negadas pela Justiça, com base em pareceres contrários dos promotores encarregados do caso, apontando falta de diagnósticos comprobatórios de câncer ou outra doença grave.

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Familiares querem processar o Estado por morte de gaúcha absolvida após seis anos de prisão

Um processo reparatório contra o poder público. Esse é o plano dos familiares da gaúcha Damaris Vitória Kremer da Rosa, morta por um câncer de útero aos 26 anos, no final de outubro, menos de três meses após ser absolvida da acusação de coautoria em um homicídio no Noroeste Gaúcha. Ela havia manifestado sintomas da doença durante os seis anos em que permaneceu sob prisão preventiva, à espera de julgamento.

Em entrevista ao site G1, a advogada da família informou estar alinhavando com os pais de Damaris os detalhes da ação, com foco no pagamento de indenização. O alvo é o governo gaúcho, embora a tramitação do caso tenha envolvido três instituições: Polícia Civil, Ministério Público e Judiciário do Rio Grande do Sul.

Entenda

Após passar seis dos seus 26 anos encarcerada por um homicídio do qual acabou absolvida por falta de provas, Damaris faleceu nao balneário de Arroio do Silva (Litoral Sul catarinense) no dia 26 de outubro. Ela lutava contra um câncer de colo do útero, doença da qual relatava sintomas durante o período em que ficou presa preventivamente – sua defesa tentou por diversas vezes a soltura por motivos de saúde, mas não conseguiu convencer as autoridades.

O caso remonta ao final de novembro de 2018, no município de Salto do Jacuí (Noroeste do Estado). Após saber que então jovem de 19 anos teria sido vítima de um estupro, o namorado dela teria recorrido a um conhecido para fazerem justiça com as próprias mãos, dias após o incidente. O suposto abusador foi então morto a tiros e teve o corpo incinerado dentro de um automóvel, na mesma cidade.

Em julho de 2019, a Polícia Civil indiciou o trio pela execução – os investigados sempre negaram envolvimento. A denúncia formulada pelo Ministério Público foi aceita pela Justiça e Damaris foi presa preventivamente em agosto daquele ano, assim permanecendo em diferentes instituições penitenciárias do Interior gaúcho até abril de 2025, quando obteve o benefício da prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, na residência da mãe em Santa Catarina.

O caso foi finalmente levado ao tribunal em agosto passado, tendo como desfecho a condenação do namorado. Damaris e o outro réu foram inocentados por falta de provas que os ligassem ao crime.

Durante o período atrás das grades, a defesa que a prisão fosse revogada porque Damaris passou a apresentar sangramento vaginal e dor na região pélvica. Mas as solicitações foram negadas pela Justiça, com base em pareceres contrários dos promotores encarregados do caso, apontando falta de diagnósticos comprobatórios de câncer ou outra doença grave.

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