Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de julho de 2025
Vários familiares, amigos, fãs e personalidades do mundo do futebol deram adeus neste sábado, num funeral em Gondomar, perto do Porto, do atacante português do Liverpool Diogo Jota. O português morreu na quinta-feira (3), aos 28 anos, num acidente de trânsito, juntamente com o seu irmão André Silva, de 26. Uma ausência notável na cerimônia foi do astro Cristiano Ronaldo. O capitão da seleção portuguesa recebeu críticas de fãs e da imprensa local por não ir à despedida do compatriota.
CR7 era esperado no velório de Diogo Jota, que ocorreu na sexta (4), ou no funeral desse sábado (5). Não foi visto em nenhuma das ocasiões. Atletas da seleção portuguesa, Rúben Neves e João Cancelo viajaram às pressas para Portugal logo após entrarem em campo pelo Al Hilal na Copa do Mundo de Clubes, nos Estados Unidos. Neves ajudou a carregar o caixão do amigo.
Jornais espanhóis apontaram que Cristiano Ronaldo está de férias na ilha de Maiorca, na Espanha, a bordo de um iate de luxo, com a família. A ausência do craque repercutiu entre jornalistas de Portugal.
“Ele é o capitão da seleção portuguesa. Muitos esperavam que ele comparecesse. Diogo Jota fazia parte da seleção. Talvez haja alguns motivos que desconhecemos”, disse o jornalista português António Ribeiro Cristovão. “Ele tem que explicar o motivo. Ele tem essa responsabilidade. Ele é o capitão.”
O jornalista esportivo e comentarista Luís Cristovão chamou a ausência de “inexplicável”.
“Sendo inexplicável, qualquer justificativa ficará aquém da falha que ele cometeu com sua ausência”, destacou.
O comentarista esportivo de TV Pedro Fatela, por sua vez, apontou que a ausência “será muito discutida” no país.
“Deve haver justificativas nos próximos dias. Saberemos por que Cristiano não pôde viajar a Gondomar para estar presente neste momento, mas ele é o capitão. Todos nós esperávamos, já que todos os técnicos e jogadores estavam lá, ter o capitão lado a lado com seus companheiros de equipe”, ressaltou.
Fãs inundaram o Instagram de CR7 com questionamentos sobre o não comparecimento ao funeral.
“Ainda acho que estiveste nas homenagens fúnebres ao Diogo J e ao irmão. Não quero acreditar que não estiveste. Não podias pensar em ti neste momento. Iria haver algum burburinho por ser o CR7 que toda a gente adora? Provavelmente. E depois? Nada disso se podia sobrepor ao fato de seres o Capitão da Seleção Nacional e seres colega e, dizes tu, amigo do Diogo”, escreveu uma internauta. “CR7 para mim a tua carreira (que eu tanto admiro e festejo sempre), termina hoje”.
Outro internauta destacou ser compreensível que Cristiano Ronaldo tenha evitado o funeral para evitar transformá-lo num evento “midiático”. Mas destacou que a presença dele era “obrigatória”.
“Não é sobre protagonismo. A ausência deles nesse momento doloroso foi gravíssima! A mãe Dolores também não foi… Estranho!”, ressaltou, em referência ao zagueiro Pepe e à mãe de Cristiano.
“Como capitão devia ter aparecido no funeral”, ressaltou um terceiro internauta, entre muitos outros que questionaram a ausência do astro.
Pelo Instagram, ainda na quinta, Cristiano Ronaldo se despediu de Diogo Jota, com quem recentemente foi campeão da Liga das Nações.
“Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua familia, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo. Sei que estarás sempre com eles. Descansem em Paz, Diogo e André. Vamos todos sentir a vossa falta”, escreveu o astro português.
O jogador dos “Reds” e o seu irmão mais novo, também jogador da segunda divisão portuguesa, morreram num acidente ocorrido na noite de quarta-feira numa autoestrada no Noroeste de Espanha.
O primeiro-ministro e o presidente de Portugal, Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, bem como personalidades do futebol como o seu agente Jorge Mendes; o presidente do FC Porto, André Villas-Boas; e o jogador do Manchester United Diogo Dalot; compareceram ao velório em Gondomar na sexta-feira.
“O futebol está realmente de luto. Diogo era um ícone do talento que o futebol português representa”, declarou Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que também compareceu para prestar condolências à família. (Com informações do jornal O Globo e da agência AFP)