Quinta-feira, 08 de maio de 2025

Federação das Indústrias do RS afirma que o aumento da taxa básica de juros penaliza o setor produtivo

A Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) afirmou que o aumento da taxa básica de juros da economia brasileira para 14,75% ao ano, definido pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na quarta-feira (7), penaliza o setor produtivo nacional.

“A elevação da taxa Selic reforça uma trajetória preocupante para a indústria brasileira, que já enfrenta custos elevados, margens comprimidas e crescentes dificuldades de acesso ao crédito”, avaliou o presidente da entidade, Claudio Bier.

Ao comentar sobre o aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, Bier reconheceu que há fatores externos que interferem no ambiente econômico, mas alertou para a necessidade de o governo fazer a sua parte em relação ao controle de gastos e ao necessário ajuste fiscal.

Para o presidente da Fiergs, o combate à inflação exige, prioritariamente, responsabilidade com as contas públicas e medidas efetivas de gestão que restabeleçam a confiança. “Manter uma política de juros elevados como resposta única ao descontrole fiscal significa penalizar o setor produtivo. É preciso atacar as causas estruturais, não seguir tratando os sintomas”, afirmou.

Fecomércio-RS

A Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul) afirmou que a decisão do Copom “veio dentro do esperado”.

“A decisão do Copom veio dentro do esperado, uma vez que o comitê já havia anunciado uma redução no ritmo de alta. Com a taxa Selic em 14,75% ao ano, o Brasil alcançou o nível de taxa de juros nominal mais alto desde julho de 2006. Em termos reais, o valor também é historicamente elevado. Embora, atualmente, as principais variáveis nas discussões da trajetória da política monetária estejam vinculadas à conjuntura externa, especialmente à americana, não podemos esquecer que a nossa conjuntura interna contratou taxas de juros estruturalmente elevadas. Os juros de curto prazo estão altos em virtude de um desequilíbrio fiscal que alimenta a inflação, mesmo com um cenário de desaceleração da atividade econômica global e de perda de valor do dólar. Se não endereçarmos medidas que reparem o cenário fiscal, permaneceremos com juros estruturalmente elevados por um longo período, o que, certamente, penaliza a atividade produtiva e compromete a saúde financeira de famílias e empresas”, disse o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.

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