Quinta-feira, 03 de julho de 2025

Férias: vai viajar e tem alergia alimentar? Veja dicas para ficar seguro no avião

Com o início das férias escolares, muitas famílias se preparam para viajar, inclusive de avião, seja para outros estados ou para o exterior. No entanto, para pessoas com alergias alimentares graves, voar pode trazer desafios específicos e até riscos à saúde, exigindo cuidados redobrados.

Segundo uma pesquisa global divulgada em 2024 com 4.704 pessoas que vivem com alergias alimentares ou são responsáveis por alguém nessa condição, 98% relataram aumento da ansiedade durante viagens. A possibilidade de exposição a alérgenos em ambientes fechados, como a cabine de um avião, é uma das principais preocupações dos passageiros alérgicos.

Apesar da apreensão, reações alérgicas graves durante voos são raras. Uma revisão publicada em 2023, que analisou dados de 17 estudos, estimou que apenas sete em cada 10 milhões de passageiros sofreram alguma reação alérgica durante um voo. Casos que exigiram o uso de adrenalina foram ainda menos frequentes: oito registros a cada 100 milhões de passageiros.

Essa baixa incidência pode estar relacionada às precauções que os próprios viajantes com alergias costumam adotar. Ainda assim, há receio entre algumas pessoas quanto à presença de partículas de alimentos no ar da cabine. No entanto, estudos indicam que esse risco é muito pequeno, já que as proteínas alimentares — responsáveis pelas reações — dificilmente permanecem em suspensão.

A eficácia dos filtros de ar dos aviões também ajuda a reduzir a circulação de partículas no ambiente. Alimentos comumente associados à anafilaxia, como o amendoim, foram alvos de estudos que mostraram que, mesmo após a abertura e agitação de potes com o produto, as proteínas ficaram concentradas em níveis baixos e por pouco tempo, sem ampla dispersão no ambiente.

Outras pesquisas apontaram que a manteiga de amendoim e o próprio amendoim, quando mantidos próximos ao rosto ou em um cômodo pequeno, não provocaram reações graves em pessoas alérgicas. Ainda assim, há um risco maior quando resíduos alimentares permanecem em superfícies como bandejas e assentos, podendo causar reações leves a moderadas.

Diante disso, algumas orientações são fundamentais para quem tem risco de anafilaxia. A principal delas é manter a caneta de adrenalina sempre na bagagem de mão, de preferência sob o assento à frente ou no bolso da poltrona, para acesso rápido. Também é recomendado portar um plano de ação para anafilaxia, preenchido por um médico, e informar a tripulação sobre a condição.

Já para pessoas com alergias alimentares em geral, é aconselhável comunicar a companhia aérea sobre a alergia ao reservar o voo, além de levar lanches seguros de casa. Como nem todos os alimentos servidos a bordo têm rótulo, é importante conhecer as restrições de líquidos e as regras sobre o transporte de alimentos para o destino.

Ao embarcar, vale a pena limpar superfícies com lenços umedecidos, como bandejas, apoios de braço e assentos, e lavar as mãos antes de comer. Colocar uma criança alérgica perto da janela e avisar os passageiros próximos sobre a condição também ajuda a evitar contatos indesejados com alérgenos.

Em caso de qualquer suspeita de reação alérgica durante o voo, o ideal é avisar imediatamente a tripulação. A resposta rápida pode fazer toda a diferença no controle dos sintomas e na segurança do passageiro até o pouso.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Viagem e Turismo

Cinco Estados americanos estão tentando atrair produções de Hollywood
Uma em cada seis pessoas no mundo sofre de solidão
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play