Domingo, 22 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de junho de 2022
Uma pesquisa, divulgada nessa terça-feira (7), mostra que a maioria dos brasileiros que contribui com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) quer usar o dinheiro para comprar uma casa ou abrir o próprio negócio. O levantamento online entrevistou 2.132 pessoas, entre os dias 12 e 22 de abril.
Entre os entrevistados, 45% disseram querer comprar a casa própria, e 33% que gostariam de abrir um negócio. Outros 20% responderam que cuidariam da saúde, 17% falaram que usariam o dinheiro para fazer uma viagem internacional.
Ainda conforme o estudo, 17% disseram que pagariam contas com o dinheiro e 10% afirmaram que “limpariam o nome”. O levantamento, feito pelo Instituto Opinion Box, foi encomendado pela Serasa e pelo Banco Pan para buscar entender o que os trabalhadores sabem sobre o FGTS e como pensam em utilizá-lo.
O FGTS é uma espécie de poupança obrigatória para trabalhadores que têm emprego com carteira assinada (CLT). Todo mês, o empregador deposita 8% do valor do salário em uma conta, no nome do profissional, e o valor acumulado pode ser sacado em situações específicas, como a compra da casa própria, demissão sem justa causa ou aposentadoria. No entanto, não é possível usar o dinheiro para viajar ou abrir um negócio.
Neste ano, o governo federal liberou um saque de até R$ 1 mil por trabalhador, das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ativas ou inativas. A medida deve atender a 40 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência.
Os lotes finais serão liberados até o dia 15 de junho, conforme o mês de aniversário do trabalhador. O governo estima que até R$ 30 bilhões sejam movimentados se todos os trabalhadores aptos fizerem os saques.
Conhecimento
A pesquisa apontou que 92% dos brasileiros sabem o que é o FGTS, e que 80% sabem da possibilidade de consultar o saldo. No entanto, 38% dos entrevistados não fazem ideia de quanto têm na conta – ou porque não sabem fazer a consulta (16%), ou porque desconhecem o valor acumulado (22%).
Entre quem sabe fazer a consulta, 40% afirmam ter até R$ 1 mil e 11% dizem ter entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil.
Até o dia 7 de cada mês, os empregadores devem depositar em contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. Quando a data não cair em dia útil, o recolhimento deve ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. Se o empregador depositar após o vencimento, o valor deve receber juros e correção monetária.
Para os contratos de trabalho de aprendizagem, o percentual é reduzido para 2%. No caso de trabalhador doméstico, o recolhimento é correspondente a 11,2%, sendo 8% a título de depósito mensal e 3,2% a título de antecipação do recolhimento rescisório.
O FGTS é pago sobre salários, abonos, adicionais, gorjetas, aviso prévio, comissões e 13º salário. O FGTS não é descontado do salário, pois é uma obrigação do empregador.