Sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Filho de Bolsonaro, Carlos questiona o vazamento de dados sigilosos “o tempo todo”

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) questionou, nas redes sociais, o vazamento de dados sigilosos “o tempo todo”, referindo-se a uma movimentação financeira de mais de R$ 30 milhões entre março de 2023 e fevereiro de 2024 pelo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que consta em um relatório da PF (Polícia Federal) encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

“Eu estou movimentando mais dinheiro do que eu jamais poderia imaginar, segundo os tablóides do regime. E outra: como podem possíveis dados sigilosos serem vazados sobre todos os assuntos o tempo todo e acharem isso normal?”, escreveu o filho do ex-presidente no X (antigo Twitter).

Segundo a PF, as movimentações financeiras foram identificadas por meio de comunicações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). “No período de 01/03/2023 a 07/02/2024, foram movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos”, detalhou o relatório.

Os valores envolvem transações diversas, como Pix, câmbio, transferências TEC/DOC, tributos e pagamentos de contas. A PF afirmou que mais de 60% das movimentações em créditos ocorreram por Pix, em mais de um milhão de operações, que somam cerca de R$ 19 milhões.

O relatório apontou ainda que houve o lançamento de aplicações de CDB/RDB em seis registros, que somam mais de R$ 18 milhões. Segundo o documento, Bolsonaro recebeu a maior quantidade de recursos do PL (Partido Liberal), de uma empresa e de pessoas físicas.

Já os maiores pagamentos feitos pelo ex-presidente foram para seus advogados, na conta de Paulo Bueno.

No relatório, o Coaf aponta que as movimentações têm indícios de lavagem de dinheiro e outros crimes econômicos.

“As operações financeiras são suspeitas de configurarem indícios de lavagem de dinheiro e outros ilícitos penais, tendo como principais envolvidos Jair Messias Bolsonaro e Eduardo Nantes Bolsonaro”, destacaram os investigadores.

Novo indiciamento

Na quarta-feira (20), Jair e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março deste ano, foram indiciados pela PF. A corporação afirmou que ambos têm atuado para obstruir o avanço da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

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