Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Fiocruz descarta casos de “doença da vaca louca” no Rio de Janeiro

Horas após confirmar que dois pacientes estavam internados no Rio de Janeiro com suspeita de EEB (encefalopatia espongiforme bovina), conhecida popularmente como “doença da vaca louca”, o INI/Fiocruz (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fundação Oswaldo Cruz) descartou a hipótese de que os casos tenham relação com o consumo de carne contaminada.

Em nota, o vice-diretor de serviços clínicos da instituição, Estevão Portela Nunes, afirma que, “considerando os aspectos clínicos e radiológicos”, os casos estão sendo tratados como “suspeita da forma esporádica da doença de Creutzfeldt-Jakob”.

“Essa forma esporádica não tem relação com o consumo de carne”, acrescenta.

De acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, a DCJ (doença de Creutzfeldt-Jakob) também é uma encefalopatia espongiforme, mas mais comum do que a doença da vaca louca.

A forma esporádica é, segundo o guia, o tipo mais comum, representando 85% de todos os casos. “A DCJ esporádica geralmente afeta pessoas com mais de 40 anos de idade (média etária de cerca de 65 anos).” A doença da vaca louca é classificada como a forma adquirida.

As duas são doenças neurodegenerativas raras e denominadas priônicas, por serem causadas por príons – formas modificadas de uma proteína presente normalmente no organismo.

Os sintomas incluem demência, mioclonia (espasmos e contrações musculares) e outros déficits no sistema nervoso central. A morte geralmente ocorre entre quatro meses e dois anos após a infecção, a depender da modalidade e do subtipo da DCJ. O tratamento é apenas de suporte.

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