Sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

“Fiz o que tinha que fazer”, diz o presidente da Câmara dos Deputados sobre a cassação de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse ao blog da jornalista Andréia Sadi, do portal de notícias g1, que conversou com integrantes do Partido Liberal (PL), na última quarta-feira (17), sobre a decisão, e que informaria nessa quinta (18) sobre o posicionamento final sobre a cassação dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) . Ouviu apelos para que deixasse para depois do recesso, mas nessa quinta decidiu pela cassação dos dois, e avisou a todos os aliados dos parlamentares.

“Eu fiz o que tinha que fazer”, disse o presidente da Câmara ao blog.
As cassações foram publicadas no “Diário da Câmara dos Deputados” na tarde dessa quinta. As decisões foram assinadas por Motta e outros quatro membros da Mesa Diretora da Câmara.

Eduardo Bolsonaro teve mandato cassado por excesso de faltas. A perda do mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso, foi declarada com base em uma regra da Constituição que proíbe deputados e senadores de faltar a mais de 1/3 das sessões deliberativas do ano. O ex-deputado mora nos Estados Unidos desde o início de 2025, dizendo que a mudança ocorreu para evitar uma suposta perseguição política e jurídica no Brasil.

A medida não torna Eduardo inelegível — o que poderá ocorrer caso o Supremo Tribunal Federal (STF) condene o agora ex-deputado. Ele é réu em um processo na Corte acusado de tentar coagir autoridades sobre o julgamento do pai.

O mandato de Ramagem foi cassado em cumprimento à decisão do Supremo que condenou o parlamentar à perda do mandato e a 16 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Ramagem deixou o Brasil antes da conclusão do julgamento da trama golpista no Supremo. Segundo a Polícia Federal (PF), o ex-deputado foi para os Estados Unidos na segunda semana de setembro. O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é considerado foragido, e o Ministério da Justiça deve dar início ao pedido de extradição.

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que vai lutar para reverter a medida.

A decisão de Motta visa evitar submeter ao constrangimento parlamentares no plenário de decidir uma medida que pode ser ato burocrático, como foi o caso. (Com informações da colunista Andréia Sadi, do portal de notícias g1)

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