Segunda-feira, 23 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 22 de junho de 2025
O PT comemorou declarações recentes de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre as eleições de 2026. Integrantes da cúpula do partido veem na radicalização do senador em defesa de um indulto a Jair Bolsonaro uma possível “tábua de salvação” para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como a popularidade do governo despenca cada vez mais, a avaliação é que só um aumento da rejeição do eleitor ao bolsonarismo poderia garantir a reeleição de Lula.
Flávio tem dito que, com a provável condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito da trama golpista, o candidato da direita que substituir o ex-presidente na urna terá de se comprometer com um indulto e também em confrontar a Corte para fazer valer o perdão, com possível uso da força.
Essas falas foram acompanhadas com lupa pelo petismo, que quase soltou fogos de artifício. O grupo acredita que o tom vai gerar rejeição entre eleitores mais ao centro.
Parte do PT já não espera grande recuperação na imagem do governo. Esses petistas que dizem que a polarização está estruturalmente cristalizada no País e só restará ao presidente a comparação com Bolsonaro, como ocorreu em 2022.
O nível de aprovação da gestão nas últimas pesquisas, contudo, acendeu um alerta: Lula não pode perder mais popularidade para não se inviabilizar por si mesmo.
Em baixa
Duas pesquisas divulgadas em junho mostraram queda na avaliação positiva nos números de aprovação do governo do presidente Lula (PT). Nos dois casos, as oscilações se deram na margem de erro do levantamento.
No levantamento do Datafolha, a subida de dois pontos porcentuais no índice dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo, e a queda de um ponto entre os que acham que é ótimo ou bom, no intervalo de dois meses, interrompem a recuperação registrada no levantamento anterior. Agora, são 40% os que avaliam positivamente o governo, 28% os que fazem uma avaliação negativa e 31% os que acham regular.
Na pesquisa Ipsos/Ipec, o crescimento de 41% para 43% no índice dos que acham a gestão ruim ou péssima e a queda de 27% para 25% dos que acham que o governo é ótimo ou bom, em um intervalo de três meses, ampliam um cenário de perda crescente de popularidade.
Mesmo com diferenças metodológicas e de intervalo de coleta de dados, os dois levantamentos mediram a popularidade após episódios de desgaste para o governo federal. A pesquisa Datafolha foi realizada entre 10 e 11 de junho. A Ipsos/Ipec, entre 5 e 9 de junho. Com informações de O Estado de S. Paulo