Sábado, 05 de outubro de 2024

Flávio Dino no Supremo: veja quais ações importantes futuro ministro irá julgar em 2024

O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, aprovado pelo plenário do Senado para ocupar a vaga em aberto de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), herdará a relatoria de 344 ações que estavam no gabinete da agora ministra aposentada Rosa Weber.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dino contou com 47 votos a favor e 31 contra, o segundo pior desempenho de um indicado ao STF na atual composição da Corte, perdendo apenas para o ministro André Mendonça, indicado por Bolsonaro.

Dino será relator de casos de grande repercussão e envolvendo figuras políticas com quem conviveu, como o inquérito que mira o grupo ligado a seu ex-colega de Esplanada, o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (UNIÃO-MA), investigado pela Polícia Federal (PF).

Também ficarão sob sua relatoria o indulto de Natal concedido por Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, uma ação da CPI da covid-19 contra o ex-presidente, e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1087, em que o Partido Liberal (PL) pede que a punição para abortos provocados por terceiros seja equiparada à do crime de homicídio qualificado.

O novo ministro do Supremo será relator também de processos contra outros aliados, como os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR), este do mesmo partido de Dino, e Telmário Mota (PROS-RR). O inquérito apura o possível envolvimento dos dois em um esquema de fraudes e desvio de verbas federais destinadas ao combate da pandemia em Roraima.

Também ficará sob a relatoria de Dino a petição 10.064, na qual a CPI da Pandemia pediu para que se apure se o então presidente da República Jair Bolsonaro e outros agentes públicos, incitaram a população a adotar comportamentos supostamente inadequados para o combate à covid-19.

Ainda sobre Bolsonaro pesa outro questionamento no Supremo que, a partir de agora, está sob gerência de Dino. Trata-se de um recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida que decidirá se é constitucional o indulto natalino concedido pelo ex-chefe do Executivo a pessoas condenadas por crime com pena privativa de liberdade máxima não superior a cinco anos.

Dino também será o responsável pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.055, que discute a existência de assédio judicial contra a imprensa no caso da pulverização da distribuição de diversas ações de reparação de danos contra um mesmo jornalista.

O tema do aborto também estará no gabinete de Flávio Dino. Ele relatará a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1.087. Nela, o PL, partido de Bolsonaro e principal sigla da oposição ao governo Lula, pede que a punição para abortos provocados por terceiros seja equiparada à do crime de homicídio qualificado.

Indicado por Lula ao STF e aprovado pelo Senado, Dino assumirá uma das cadeiras no Supremo, onde poderá ficar até 2043, quando completa 75 anos, idade para aposentadoria compulsória.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

De Nikolas Ferreira a Michelle Bolsonaro, direita se une em críticas por causa do abraço de Sergio Moro em Flávio Dino
Polícia civil gaúcha desarticula grupo especializado no “golpe do envelope vazio”
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play