Domingo, 10 de agosto de 2025

Foragido nos Estados Unidos, neto do ex-presidente da República João Figueiredo diz que Tarcísio “atrapalha sem saber” e é aliado da China

Foragido nos Estados Unidos, o neto do general e presidente da ditadura militar João Batista Figueiredo, Paulo Figueiredo, disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “atrapalha sem saber” defesa da anistia como solução para o tarifaço imposto pelo presidente americano Donald Trump aos produtos brasileiros. Tarcísio se encontrou nessa sexta-feira com o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, para tratar das tarifas de 50% anunciadas por Trump.

“O Tarcísio atrapalha sem nem saber. Mas, enquanto o sistema tiver esperanças de que ele surja como o Salvador da Pátria intermediando um acordo com os EUA, não vão nem cogitar aquela que é a única solução real: a anistia ampla, geral e irrestrita”, escreveu Figueiredo no X.

O encontro de Tarcísio com Escobar gerou revolta entre integrantes da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. Eles avaliam que movimentação do governador de São Paulo atrapalha os planos de pressionar as autoridades brasileiras por uma anistia ampla e irrestrita.

“Felizmente, o governador de São Paulo não goza de nenhum acesso ao mundo MAGA. Pelo contrário: é visto como um aliado da China e Moraes. Está conversando com um um encarregado de negócios, um burocrata que tem 6 escalões acima dele e nunca nem viu o presidente Trump”, escreveu Figueiredo, que na quarta-feira assinou junto com Eduardo Bolsonaro uma carta na qual ambos defendem a decisão do presidente americano de impor taxas de 50% aos produtos brasileiros. No documento, eles afirmam que a solução é o Congresso aprovar uma anistia ‘ampla, geral e irrestrita’.

Paulo Figueiredo foi acusado pela PGR de pressionar os comandantes das Forças Armadas a aderir ao golpe de Estado. O economista diz que apenas reportou “com precisão, os acontecimentos envolvendo o alto comando do Exército brasileiro”.

Momentos antes da publicação de Figueiredo, Eduardo já havia feito outra publicação nas redes em tom semelhante. Apesar de não citar Tarcísio, o deputado federal licenciado relacionou o fim do tarifaço com uma anistia e disse que “qualquer tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia será interpretado como mais um acordo caracu, pois isso já foi exaustivamente tentado no passado”.

“Lamento, mas não dá para pedir ao Presidente Trump – e nenhuma autoridade internacional minimamente decente – para tratar uma ditadura como se fosse uma democracia. Ou há uma anistia ampla, geral e irrestrita para começar ou bem vindos à ‘Brazuela’”, concluiu Eduardo Bolsonaro na publicação. As informações são de O Globo

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