Terça-feira, 25 de novembro de 2025

“Força-tarefa para matar Bolsonaro”, diz Flávio após Alexandre de Moraes decretar o cumprimento da pena do ex-presidente

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou ser “absurda” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o cumprimento de pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. O magistrado determinou neste terça-feira (25) que a pena seja cumprida na Superintendência da Polícia Federal (PF).

“O tempo inteiro parece ser uma força-tarefa para matar psicologicamente e fisicamente o presidente Bolsonaro. Isso é muito desumano. Nunca vi nem um traficante de drogas ser tratado desse jeito”, declarou Flávio.

Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão, com regime inicial fechado. A defesa deve insistir em transferi-lo para prisão domiciliar, alegando idade avançada e condições precárias de saúde.

“Foi um absurdo. Ele tinha que ser colocado dentro da prisão domiciliar, no mínimo. Que é onde ele tem os cuidados permanentes, de verdade, de familiares. Onde, pelo menos ali, a gente fica menos preocupado com relação à saúde dele, com relação ao refluxo dele, com relação à possível broncoaspirar”, disse a jornalistas no Senado.

Desde sábado (22), o ex-presidente está na sede da PF, em Brasília. Ele foi preso preventivamente depois de tentar violar a tornozeleira eletrônica. Mais cedo, Flávio visitou o pai no local. Segundo ele, o ex-chefe do Executivo estava “muito psicologicamente abalado” e “inconformado”.

Também foram presos ex-integrantes da cúpula das Forças Armadas que participaram da ofensiva golpista, caso dos ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Também foi detido o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Outro condenado que integrava a cúpula militar, o ex-ministro Braga Netto (Defesa e Casa Civil) está preso preventivamente desde dezembro de 2024, por tentar interferir na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ele seguirá detido em um quartel no Rio. A decisão sobre o fim do processo deve ser apreciada pelos demais ministros da Primeira Turma em sessão virtual.

O advogado Demóstenes Torres, que defende Garnier, afirmou que a estratégia será “possivelmente, em momento oportuno, tentar uma revisão criminal”, tipo de recurso que tenta reverter a condenação ao fazer com que o caso seja analisado por outros ministros.

Já o advogado Matheus Milanez, que defende Heleno, disse que se trata de um “julgamento de exceção” e que o general é inocente. “Dainre da ilegalidade e da perseguição, nossa luta pela anulação deste processo viciado e pelo reconhecimento formal de sua inocência será incansável e intransigente”.

Todos os réus se dizem inocentes e contestaram a condenação imposta pelo STF, alegando, entre outros pontos, falta de provas.

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Defesa de Bolsonaro considera decisão “erro grave” e diz que apresentará novo recurso
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